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23 de agosto de 2016

Regeneração e suas circunstâncias concomitantes


Devemos considerar a maneira em que a regeneração ocorre, o que é bastante variável. 

(1) Alguns são convertidos de modo bem repentino, como em um momento. Este foi o caso de Zaqueu, do ladrão na cruz, muitos no dia de Pentecostes, e o carcereiro. Com outros, isso acontece morosamente.

(2) Alguns são convertidos por meio de grande terror e consternação, provocados pelo confronto com a lei, morte e condenação, como foi no dia de Pentecostes e com o carcereiro (At 16.27).

7 de dezembro de 2015

Deus não é o autor do pecado


Esta ideia pode nos ocorrer como consequência de que tal cooperação [Deus e homem] se daria na seguinte forma: há apenas uma causa para todos os movimentos e atividades. Sendo assim, Deus seria o único agente ativo, ao passo que o homem e todas as demais criaturas seriam inteiramente passivas, sendo colocados em movimento como as cordas de um instrumento musical, que são inteiramente passivas e cujo movimento é causado somente pelo músico.

Minha resposta a isto é: “De modo nenhum!” Ainda que as criaturas atuem como meios em relação umas às outras, quando Deus as utiliza na execução de Sua obra e propósitos, não obstante elas são a causa primária de seus movimentos e atividades. Isso não quer dizer que, com relação a Deus, fossem independentes dEle, mas, sim, com relação a outras causas subordinadas, bem como às consequências de suas atividades. Não há inconsistência no fato de que duas causas de uma ordem diferente possuem o mesmo resultado, especialmente visto que o resultado é o mesmo, procedendo de ambas as fontes de um modo diferente.

30 de novembro de 2015

O papel de Satanás na queda


Após um considerável número de anjos terem pecado e tornados em demônios, o diabo conspirou para a queda de Adão e Eva, a fim de impedi-los de glorificar a Deus, O qual odiava com ódio aterrador, visto que Ele rejeitara os demônios, excluindo-os eternamente da graça.

O diabo primeiramente atacou Eva quando ela se encontrava sozinha, provavelmente postada perto da árvore do conhecimento do bem e o mal. Ali ele a enganou, e Eva, tendo sido ludibriada (embora não consciente disso), também enganou a seu marido, Adão. Ora, o primeiro homem não foi enganado devido ao amor que nutria por sua esposa, mas, sim, por seu (de Eva) logro, e somente então os olhos de ambos foram abertos (Gn 3:7). O diabo foi, portanto, a causa sugestiva da Queda, e por isso é chamado de homicida desde o princípio e mentiroso (João 8:44).

17 de novembro de 2015

A essência singular da fé (1/2)


Tendo visto o objeto da fé, partamos agora em direção à forma ou à essência singular e natureza da fé. A essência de algo é aquilo que faz com que este algo seja o que é. A essência de uma coisa a identifica e a distingue de todas as demais coisas. Uma coisa pode possuir apenas uma única essência. Logo, se há duas essências, há também duas coisas. Portanto, de semelhante modo, a fé possui um essência que lhe é exclusiva.

Neste ponto, devemos notar em que consiste (e também em que não consiste) a natureza essencial da fé.

3 de novembro de 2015

A necessidade da Palavra Escrita


Após Deus ter alargado Sua Igreja a fim de incluir Abraão e sua semente, na qual ela estava em um primeiro momento limitada até o tempo de Cristo, agradou-Lhe dar à Sua Igreja uma regra inamovível e sempiterna para a vida e doutrina, submetendo Sua vontade em forma escrita para ela. Isso não significa que, da perspectiva de Deus, tal ato era necessário, pois, mediante Sua onipotência, Ele poderia ter revelado o caminho da salvação para Sua Igreja sem a Palavra escrita e preservado a verdade no meio do Seu povo. Contudo, da perspectiva do homem, havia sim essa necessidade, para que a verdade fosse efetivamente preservada da impiedade do homem, cujo coração está inclinado para a superstição e para religião carnal, carregando dentro de si a semente de numerosas heresias.