29 de abril de 2016

A existência eterna do homem


INTRODUÇÃO

O conceito de imortalidade da alma surgiu nas religiões de mistério na Grécia antiga, sendo desenvolvido e recebendo grande expressão nos escritos de Platão (427-347 a.C), que foi um dos maiores filósofos da história. No século XVIII, todavia, a ideia de imortalidade da alma foi rigorosamente defendida pela elite intelectual que compunha o iluminismo europeu. Apesar de não ser uma doutrina distintivamente cristã, a imortalidade da alma foi considerada uma doutrina superior e distinta do Cristianismo, na época. Contudo, mesmo assim, ela se adentrou tenazmente nos recônditos da fé cristã e influenciou, de certa forma, o pensamento de muitos teólogos que trataram deste tema em seus epítomes teológicos. 


28 de abril de 2016

16 argumentos que mostram que Cristo não morreu pela salvação de todos os homens


1. Dois argumentos baseados na natureza do novo concerto

Argumento 1 - Em Mateus 26:28 o Senhor Jesus Cristo fala de o meu sangue, o sangue do Novo Testamento. Este novo "testamento" ou "concerto" é um novo acordo, ou contrato, que Deus fez para salvar os homens. O sangue de Cristo derramado em Sua morte, é o preço desse acordo, e diz respeito somente àqueles a quem o acordo se aplica.

Este novo acordo, ou aliança, é diferente do velho acordo que Deus fez com os homens. Pelo velho acordo (ou concerto) Deus prometeu salvar todos os que guardassem as Suas leis: o homem que fizer estas coisas viverá por elas. (Romanos 10:5; Levítico 18:5). Mas, em razão dos homens serem pecadores, eles não podem guardar as leis de Deus. Portanto, o velho acordo ficou sem efeito.

27 de abril de 2016

Os Dez Mandamentos (5/11)



Quarto Mandamento:

Êxodo 20.8-11 – Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.

26 de abril de 2016

É possível Deus falar hoje fora das Escrituras? (1/4)


“O Senhor me falou!”

“Deus fala ainda hoje aos seus filhos fora das Escrituras Sagradas!”

Quais as implicações teológicas imediatas destas afirmações?

A NATUREZA NÃO CONFESSIONAL DA REVELAÇÃO MODERNA

1. Tal afirmação (“O Senhor me falou”) é caracteristicamente proveniente da tradição teológica não reformada. A Confissão de Fé de Westminster considera que Deus não fala mais aos homens por meio profético-revelacional, mas sim, iluminatório e escriturístico. O seu texto afirma essa teologia nas seguintes palavras:

25 de abril de 2016

Submissão às Autoridades


1 Pedro 2.13-17

Tendo admoestado os cristãos a rejeitarem os prazeres carnais (vs.11), e a manterem um comportamento irrepreensível perante a sociedade ímpia (vs.12), Pedro, agora, foca sua atenção naqueles que foram investidos com autoridade para governar o povo. Ele reitera a mesma instrução que Paulo havia dado aos cristãos Romanos acerca da importância de serem submissos às autoridades (veja Rm 13.1-7; Tt 3.1-2). Desse modo, Pedro exorta os cristãos a obedecerem as pessoas que foram nomeadas para governá-los (vs17). Eles devem submeter-se às leis da terra desde que estejam em harmonia com as leis de Deus estabelecidas nas Escrituras; do contrário não devem ser obedecidas (veja At 4.1-20; 5.12-29).   

21 de abril de 2016

Fé e Razão


Nesta cultura pós-moderna,  temos testemunhado um ressurgimento fascinante do gnosticismo. Os gnósticos antigos eram chamados assim por afirmarem ter um tipo de conhecimento que era superior até mesmo ao dos apóstolos do Novo Testamento. Diziam que a percepção dos apóstolos era restringida pelas limitações naturais sofridas pelos seres humanos, que estão vinculados à racionalidade. Para esses hereges, o verdadeiro conhecimento seria alcançado não pela razão ou percepção sensorial, mas por uma intuição mística altamente desenvolvida. De forma semelhante, temos visto no mundo pós-moderno uma larga rejeição da racionalidade. Essa rejeição tem se infiltrado à força na igreja. Vemos tentativas frequentes de excluir a fé cristã de todas as considerações da racionalidade. Defende-se hoje em dia que a revelação bíblica só pode ser inteligível por meio da intuição ou por uma imaginação poética peculiarmente sensível. Isso traz consigo a ideia de que a revelação bíblica é ininteligível por meio da razão.

19 de abril de 2016

Um Futuro para o Israel Judaico? (1/2)



Haverá ainda um futuro para o Israel judaico? Essa não é primariamente uma pergunta sobre a sorte política do moderno Estado de Israel, mas sobre se o Israel judaico ainda tem um lugar especial na história divina da salvação. Outrora o Israel judaico foi o povo com quem Deus estabeleceu a sua aliança e a quem ele fez promessas. Ainda vigora essa aliança original? Pode ainda o Israel judaico reivindicar legitimamente as promessas?

18 de abril de 2016

Casamento, Divórcio e Novo Casamento (2/2)


2) CRISTÃOS CASADOS COM NÃO CRISTÃOS (7.12-24)

Na primeira parte deste capítulo (vs.2-7), vimos que Paulo argumenta sobre os direitos conjugais em relação ao casamento (Gn 2.24). Em seguida, ele se dirige aos solteiros, divorciados e as viúvas da igreja (vs.8-9); depois orienta os casais (vs.10-11). Agora, as últimas pessoas a receber o conselho do apóstolo são os crentes casados com incrédulos. Paulo escreve: Aos mais digo eu (vs.12a). 

Neste trecho, Paulo não discorre sobre o casamento misto, ou seja, o casamento entre um cristão e um incrédulo. O ensino do apóstolo sobre isso é claro: o casamento deve ser no Senhor (7.39). Por ter um modo de vida diametralmente contrário ao do não cristão, e para que inúmeros problemas conjugais sejam evitados, Paulo orienta que o cristão deve se casar com cristão (2Co 6.14-15).

16 de abril de 2016

Os Dez Mandamentos (4/11)



Terceiro mandamento

Êxodo 20.1-4 – Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.  

15 de abril de 2016

Quebra de maldições: É Bíblica?


Uma das tendências da batalha espiritual, (inconsciente, quero crer) é adicionar à obra de Cristo uma complementação feita por peritos em "maldições". É ensinada claramente a necessidade de se quebrar maldições hereditárias e de se anular compromissos que ficaram pendentes com o diabo, mesmo após a pessoa ter sido convertida a Cristo. Ensina-se que herdamos as maldições que acompanharam nossos antepassados, por causa de seus pecados e pactos demoníacos, e que precisamos anulá-las.

14 de abril de 2016

7 razões para não chamar músicos de levitas


Sei que esse assunto já foi debatido e rebatido várias vezes, por isso é possível que esse texto não apresente nenhuma novidade para alguns irmãos. Entretanto, gostaria de compilar aqui algumas das melhores razões para não usarmos o termo levita para designar as pessoas que tocam e cantam no “período de louvor”. E mesmo que você não use o termo, proponho que leia pelo prazer de ver a história da salvação se desenrolando na figura do sacerdote.

13 de abril de 2016

As taças da ira de Deus


Texto base: Ap 16.1-21

INTRODUÇÃO

As sete taças da ira de Deus é o ápice do seu juízo. Semelhante e ao mesmo tempo conectada com as dez pragas no Egito e as sete trombetas, que são os alertas de Deus aos ímpios, as taças, porém, são a consumação da sua ira. No soar das trombetas, a ira de Deus estava entrelaçada com a sua misericórdia, nas taças a sua ira é inexorável!     

Hernandes Dias Lopes escreve:

Enquanto as trombetas causam tribulações parciais, cujo objetivo é trazer ao arrependimento os impenitentes, as taças mostram que a oportunidade de arrependimento está esgotada. As trombetas atingem apenas um terço da natureza e dos homens, as taças trazem uma destruição completa. Enquanto nos selos e nas trombetas há um interlúdio antes da cena do juízo, agora não há mais interlúdio; as taças são derramadas sem interrupção.1

Esta cena que precede a segunda vinda de Cristo e o juízo final pode ser dividida em quatro seções paralelas. Na primeira seção, é descrito o flagelo de Deus sobre os homens (vs.1-9). Na segunda seção vemos o flagelo de Deus sobre a besta e o seu reino (vs.10-11). Na terceira seção a terra é destruída (vs.12-16). Finalmente, na quarta seção a terra é extinta do universo (vs.17-21).

12 de abril de 2016

A Presença de Cristo na Ceia do Senhor


Devemos lamentar o fato da ceia do Senhor, que simboliza a unidade da família de Deus, ser um assunto de tanta divisão e debate entre as igrejas. Todavia, as questões envolvidas não são sem importância.

A questão maior, sem dúvida, tem a ver com se Cristo está ou não presente em e na ceia do Senhor. Nossa visão sobre esse assunto tem uma grande influência sobre como participamos da ceia: supersticiosamente ou com fé, indiferentemente ou com cuidado. As diferentes visões são as que seguem.

11 de abril de 2016

Dons e Talentos


Veio sobre ele o Espírito do Senhor (Juízes 3:10)

Agora vamos considerar a obra do Espírito Santo na concessão de dons, talentos e habilidades a artesãos e profissionais. As Escrituras declaram que o entusiasmo especial e a aptidão das pessoas para o trabalho, a elas designados por Deus, procede do Espírito Santo.

8 de abril de 2016

Casamento, Divórcio e Novo Casamento (1/2)


Texto base: 1 Coríntios 7.1-16

INTRODUÇÃO

Nos capítulos 5 e 6, Paulo abordou a questão do incesto, dos litígios e da fornicação. Indignado, ele censura a omissão e a tibieza dos coríntios em sanar os problemas morais existentes na igreja e, ao mesmo tempo, encoraja-os a viverem de forma piedosa, a fim de glorificarem a Deus. Até então, Paulo ainda não havia descrito nenhuma orientação acerca do celibato, sexualidade, casamento, divórcio e novo casamento. Agora, no capítulo 7, ele responde algumas perguntas sobre essas questões através de uma carta que a igreja de Corinto havia lhe enviado. Os muitos problemas e as dúvidas que a igreja enfrentava haviam chegado ao conhecimento de Paulo por intermédio de relatos orais. 

Provavelmente, os capítulos 1.11, 5.1 e 6.1, remontam a notícias pessoais que o apóstolo havia recebido de três homens enviados pelos coríntios – Estéfanas, Fortunato e Acaico, os quais supriram algumas necessidades materiais de Paulo, quando estava em Éfeso (1Co 16.17). Esses homens também levaram uma carta que os coríntios escreveram para o apóstolo, que incluía determinadas perguntas e relatava os problemas que estavam ocorrendo na igreja. Algumas destas perguntas eram sobre problemas matrimoniais (vs.1a).  

7 de abril de 2016

Posso ouvir "música do mundo"?


Muitos perguntam isto. Temos que começar definindo o que é música do mundo. Música feita por um não crente? Então, para sermos coerentes, não devemos usar nada que foi feito por um descrente: roupas, sapatos, óculos, carro, ônibus. Não podemos comer em restaurantes nem comprar um cachorro quente na esquina, se o dono do come-em-pé não for crente. Pois é tudo do mundo. 

6 de abril de 2016

Os ensinamentos dos Adventistas do Sétimo Dia e das Testemunhas de Jeová sobre a vida após a morte (2/2)


A ANIQUILAÇÃO DOS ÍMPIOS

Tanto Adventistas do Sétimo Dia como Testemunhas de Jeová ensinam a aniquilação final dos ímpios e negam que exista um lugar de tormento eterno chamado inferno. Fica estabelecido que nós, por ora, não estaremos mais discutindo o assim chamado estado intermediário entre a morte e a ressurreição, mas que estaremos a tratar agora de um aspecto da doutrina do estado final – o estado em que os homens entrarão após a ressurreição do corpo.

Adventistas do Sétimo Dia ensinam que depois do ataque final de Satanás sobre o “arraial dos santos” descerá fogo dos céus e aniquilará Satanás, seus anjos malignos e todos os ímpios. Antes de isso acontecer, entretanto, aqueles a serem aniquilados serão submetidos a graus de sofrimentos, de acordo com a culpa das pessoas ou demônios envolvidos; o próprio Satanás sofrerá o mais longo deles e vai, enfim, ser o último a perecer em chamas. No final desse período de flagelação, contudo, todos aqueles que foram rebeldes para com Deus serão apagados da existência.1     

5 de abril de 2016

Qual é o significado de "Sheol" e "Hades"?


1. Quatro pontos de vista errôneos a respeito do Sheol

Você pode se perguntar por que um capítulo inteiro é dedicado a este assunto. Por que se preocupar sobre o significado de um termo hebraico e um termo grego? Por que não tornar isto ''mais prático"? Esta é a razão: é mesmo muito prático e útil saber tudo quanto se possa a respeito do significado destas duas palavras raras, o sheol, do Antigo Testamento, e o Hades, do Novo Testamento. Certas seitas estão afirmando constantemente às pessoas que, devido a uma tradução errada dessas palavras (e do termo Gehenna), a doutrina do inferno, que o determina como um lugar de castigo eterno, tem sido sus­tentada pela igreja. E assim estas seitas enfatizam que só se as pessoas levassem tempo para examinar o que estas palavras realmente significam originalmente, a paz para a alma seria restabelecida. 

4 de abril de 2016

Afinal, EU te repreendo ou O SENHOR te repreenda?


Judas 9  Mas quando o arcanjo Miguel, discutindo com o Diabo, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse: O Senhor te repreenda! 

INTRODUÇÃO

O Brasil é o país das crendices, do sincretismo religioso, das religiões místicas e animistas. Muitos tupiniquins são fascinados pelo sobrenatural. São ávidos pelo mundo dos espíritos. Todavia, muitas pessoas que foram convertidas, que se tornaram evangélicas, faziam parte de alguma religião. Muitas vieram do Catolicismo, e outras de religiões místicas e animistas, como a umbanda, candomblé, espiritismo, entre outras. 

Contudo, independente da religião, a maioria dos brasileiros são adeptos de crendices populares. Dentre as muitas superstições, temos a crença no Trevo de Quatro Folhas e no Pé de Coelho – que são amuletos que trazem a sorte, o chinelo virado de cabeça para baixo faz mal, se perdermos algum coisa, basta solicitarmos ao famoso São Longuinho: o santo dos achados e perdidos; só não podemos esquecer que, assim que acharmos o que havíamos perdido, devemos lhe oferecer, como agradecimento, três pulinhos. Temos ainda a crença no famoso ritual supersticioso que faz cessar a chuva; é só jogarmos um pouco de sal pela janela de nossa casa.   
    

2 de abril de 2016

Os Dez Mandamentos (2/11)



Primeiro mandamento

Êxodo 20.1-6 – Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.

1 de abril de 2016

Dois tipos de "crente"


Texto base: Mateus 7.24-27

INTRODUÇÃO

Perto de concluir o sermão no monte, Jesus conta a ilustração dos dois caminhos, cujo propósito era ensinar sobre “o caminho estreito oposto ao largo”1 (vs.13-14). Por conseguinte ele alerta para o cuidado que devemos ter para não sermos enganados pelos falsos profetas (vs.15-16), enfatizando o exemplo das duas árvores que identificam o verdadeiro e o falso profeta – “o fruto bom oposto ao ruim”2 (vs.17-20).

Adiante, Jesus continua dizendo que nem todos, pelo fato de professarem ser cristãos, estarem na igreja e possuírem dons espirituais, significa que são verdadeiros cristãos. Contudo, aquele que demonstra pelas suas atitudes fazer a vontade de Deus, observado os seus mandamentos em amor é o verdadeiro cristão que está nos céus e será salvo (vs.21-23). Finalmente, Jesus conclui o sermão do monte com a parábola sobre os dois construtores e as duas casas.