Existem muitas falsificações,
especialmente as distorções do evangelho que fazem do pecado algo de que você
não precisa se afastar ou se libertar. Atente cuidadosamente para o conforto e
o chamado do evangelho. Primeiramente, preste atenção em Jesus dizendo, “Eu não
te condeno”. Porém, também procure por “vá e não peques mais”. Essa ordem é
muito importante. A remoção da condenação vem antes do chamado à obediência.
Todavia, ambos precisam estar lá para que a igreja pregue o evangelho.
Pregação
centralizada em Cristo
Talvez você esperasse que eu
dissesse “pregação expositiva”, mas é
possível entregar uma exposição de um texto da Escritura sem nunca chegar a
Jesus Cristo. Isso é especialmente verdadeiro em pregações no Antigo Testamento.
Não me lembro quem disse isso, mas se a exposição do Antigo Testamento que você
está ouvindo não for rejeitada por uma sinagoga, então o pregador não está
pregando a Cristo. A exposição da Escritura é o meio pelo qual chegamos a
Jesus. Entretanto, este é o meio, não o fim, da pregação de Jesus Cristo e este
crucificado.
Adoração
pública teologicamente informada
Os elementos básicos da
adoração estão presentes: leitura pública da Palavra, exortação e ensino das
Escrituras, canções, orações e os sacramentos do batismo e da Ceia do Senhor. Além desses elementos básicos, procure por músicas com letras que exaltem a
Jesus Cristo e aprofundem sua apreciação e compreensão do evangelho da graça.
Não estou dizendo que canções curtas como “Eu te amo, Senhor” não têm lugar na
adoração pública, mas se o conteúdo das músicas para a adoração pública, como
um todo, é superficial, isso deveria te levar a pensar.
Pessoas
hospitaleiras
Se o evangelho está realmente
fazendo a diferença em uma comunidade de cristãos, eles vão amar as pessoas
desconhecidas, e não daquele jeito bajulador e falso
“Estou-contente-por-você-estar-aqui-porque–eu-tenho-que-estar-contente-por-você-estar-aqui”.
O que quero dizer é que você se sente genuinamente acolhido e amado pelas
pessoas quando as encontra e passa tempo com elas adorando.
Disciplina
da igreja
A disciplina na igreja tem
recebido uma reputação desfavorável. Ela não pode ser reduzida apenas a
disciplina final e punitiva, mas deve incluir também um aspecto formativo. A
disciplina da igreja acontece quando os seus membros estão dispostos a voltarem
uns aos outros de volta para Jesus em um chamado amoroso ao arrependimento,
através do encorajamento no sofrimento, e de exortações para crescer em graça.
Compaixão
para com os pobres
1 João 3.17 diz que se nós,
que temos recursos materiais, vemos nosso irmão em necessidade e não nos
compadecemos dele ele, não temos o amor de Deus em nós. Assim, é um teste da fé
cristã autêntica que a igreja se preocupe com os pobres. Mais do que isso, o nosso
cuidado para com os pobres, embora deva dar prioridade à comunidade dos
crentes, deve se mover para além da igreja, para a comunidade ao seu redor: façamos o bem a todos, mas principalmente
aos da família da fé (Gálatas 6.10).
Preocupação
para com os perdidos, evidenciada por uma igreja comprometida com o evangelismo
pessoal
E por “comprometida com o
evangelismo pessoal” não quero dizer uma igreja que tenha programas
evangelísticos, mas uma igreja em que as pessoas amam seus próximos o
suficiente para lhes falar sobre Jesus. Portanto, procure por um interesse
sincero em alcançar os perdidos com o evangelho da graça por parte dos pastores
e das pessoas nos bancos da igreja, não como forma de obter melhores números
nos gráficos, mas porque eles amam verdadeiramente as pessoas como pessoas, não
como potenciais evangelísticos.
Autor: R.
W. Glenn
Tradução: Cleber
Filomeno
Via: Reforma21