Os efeitos da expiação são
imensos. Eles não alcançam apenas o povo de Deus, mas toda a criação. Todas as
coisas existentes, de um modo ou de outro, se viram afetadas pela expiação de
Cristo. Ela é, sem dúvida, a obra divina mais abrangente.
Em
relação a Deus
Podemos dizer que a redenção
foi totalmente em relação a Deus. Cristo não pagou resgate a Satanás ou a
qualquer outro. Ele estava satisfazendo uma exigência do próprio Deus. Isso não
quer dizer que algo da imutabilidade de Deus foi afetado pela expiação. Deus
simplesmente dirige, sobre a base do sacrifício, seu amor e bondade ao homem,
ao passo que sem o sacrifício, somente a ira seria dirigida ao homem.
A expiação não produz o amor de Deus, como muitos imaginam, a expiação é fruto do amor de Deus. Porque Deus ama as pessoas, é que enviou seu Filho a fim de redimi-las (Jo 3.16). Com relação a Deus, explicitamente a Escritura diz que a expiação garante que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus (Rm 3.26). Somente por causa da morte de Cristo, Deus pode justificar o pecador e continuar sendo totalmente justo, ou seja, pode usar seu amor sem ferir sua justiça. A expiação vicária (substitutiva) de Cristo satisfaz inteiramente o caráter de Deus.
Em
relação ao homem
O homem, sem sombra de dúvida,
foi o grande beneficiado com a expiação. O homem que por natureza está
morto em delitos e pecados (Ef 2.1), que carece da glória de
Deus (Rm 3.23), a partir da expiação pode se tornar filho de Deus. Nas
palavras de Pedro: Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação
santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que,
antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado
misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia (1Pe 2.9-10). Esse é o
status que a expiação de Cristo garante ao povo salvo.
Os pecadores, outrora privados da presença de Deus, agora tem intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne (Hb 10.19-20). Para resumir, a expiação garante aos remidos toda sorte de bênção espiritual (Ef 1.3). Para aqueles que pensam que a expiação deve garantir a todos os homens a salvação, a Bíblia é bastante clara ao afirmar que Jesus morreu apenas pelo seu povo.
Os pecadores, outrora privados da presença de Deus, agora tem intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne (Hb 10.19-20). Para resumir, a expiação garante aos remidos toda sorte de bênção espiritual (Ef 1.3). Para aqueles que pensam que a expiação deve garantir a todos os homens a salvação, a Bíblia é bastante clara ao afirmar que Jesus morreu apenas pelo seu povo.
Em
relação ao diabo
Satanás foi o grande
prejudicado com a obra de Cristo. A expiação de Cristo não pagou um resgate a
Satanás, antes o despojou de tudo que ele tinha. Uma das coisas que ele perdeu
com o sacrifício de Jesus foi seu posto de acusador. Jesus disse de Satanás:
Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago (Lc 10.18). Na
batalha descrita no Apocalipse, que simboliza a vitória de Jesus sobre Satanás,
é dito dele: E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se
chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a
terra, e, com ele, os seus anjos. Pois foi expulso o acusador de nossos irmãos,
o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus (Ap
12.9-10). Ele perdeu o lugar de acusador diante de Deus. É sobre isso que o
autor de Hebreus por certo está falando, quando diz que Jesus derrotou o diabo
que detinha o poder da morte (Hb 2.14). Evidentemente que o poder da morte, que
é atribuído a Satanás, não é o poder de tirar a vida de alguém fisicamente,
pois somente Deus dispõe deste poder. Somente Deus estabelece os limites da
vida de alguém. O poder da morte que Satanás dispunha era o poder de exigir a
morte diante de Deus para os transgressores da lei.
Ao morrer pelos pecados, Cristo satisfez a justiça de Deus, e Satanás não tem mais o que exigir, nem o que acusar. Ninguém pode intentar acusação contra os eleitos de Deus, pois é Deus que os justifica (Rm 8;33). Eles não podem ser mais condenados, pois Cristo Jesus morreu e ressuscitou por eles, e estando a direita de Deus, intercede por seu povo (Rm 8.34). O acusador perdeu o direito de acusar. A expiação não apenas tirou os direitos de Satanás sobre o homem, como garantiu a própria destruição de Satanás. Na cruz, Jesus esmagou a cabeça da serpente (Gn 3.15).
Ao morrer pelos pecados, Cristo satisfez a justiça de Deus, e Satanás não tem mais o que exigir, nem o que acusar. Ninguém pode intentar acusação contra os eleitos de Deus, pois é Deus que os justifica (Rm 8;33). Eles não podem ser mais condenados, pois Cristo Jesus morreu e ressuscitou por eles, e estando a direita de Deus, intercede por seu povo (Rm 8.34). O acusador perdeu o direito de acusar. A expiação não apenas tirou os direitos de Satanás sobre o homem, como garantiu a própria destruição de Satanás. Na cruz, Jesus esmagou a cabeça da serpente (Gn 3.15).
Em
relação à criação
Todo o universo se beneficia
da redenção. A terra que foi posta sob maldição a partir da entrada do pecado
no mundo (Gn 3.17), mas tem em Cristo a garantia de sua restauração. Por isso Paulo
diz:
A ardente expectativa da
criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à
vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na
esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção,
para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a
criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora (Rm 8.19-22).
A morte de Cristo não foi
somente para salvar as pessoas, mas para renovar a própria terra e tirá-la da
maldição do pecado. Literalmente, para fazer uma nova terra, afinal, ele é o
cordeiro que tira o pecado do mundo (cosmos – Jo 1.29).
Por mais estranho que possa
parecer a princípio, de alguma maneira, o próprio céu também se beneficia da
redenção. Estamos falando aqui de algumas coisas que não entendemos ao todo.
Mas o autor aos Hebreus diz: Era necessário, portanto, que as figuras das
coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as
próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores. Porque Cristo
não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo
céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus (Hb 9.23-24). De
alguma forma o pecado que entrou no mundo, e que se originou primeiramente no
Diabo e depois em Adão, tornou necessária a purificação do tabernáculo celestial
(Ex 25.40). Esse lugar celestial precisava ser purificado e Jesus fez isso com
seu sangue. Não sabemos exatamente que tipo de impureza adentrou o céu, mas
sabemos que Satanás estava lá e foi expulso por causa da morte, ressurreição e
ascensão de Jesus. Pode ser que Paulo tenha isso em mente quando diz:
E que, havendo feito a paz
pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as
coisas, quer sobre a terra, quer nos céu. (Cl 1.20).
O texto está dizendo que
Cristo, através de seu sangue, reconciliou não somente coisas na terra, mas
também no céu. Talvez seja essa uma das razões porque a Bíblia diz que haverá
não só uma nova terra, mas também novos
céus (Is 66.22; 2Pe 3.13; Ap 21.1). Tudo o que o pecado influenciou terá
que ser renovado.