Texto
base:
1 Timóteo 2.1-7
INTRODUÇÃO
Paulo tratou no
capítulo 1 sobre a questão da falsa doutrina que havia sido disseminada na
igreja de Éfeso (1.3-7), sobre o verdadeiro propósito da lei que os falsos
mestres judaizantes haviam distorcido (1.8-11), e acerca da fidelidade que o jovem
pastor e mestre Timóteo deveria manter em relação à fé e ao ministério, opondo-se ao falso ensino. Agora, no capítulo 2, o apóstolo orienta a Timóteo sobre a importância da oração na vida cristã e como ela deveria ser realizada no culto público (vs.1, 8).
John Stott ressalta que o que
se destaca aqui nesse parágrafo é a amplitude universal da responsabilidade da
igreja, e que o plano de Deus, e, portanto a nossa responsabilidade, tem a ver
com todo o mundo.1
Nesta perícope, Paulo esboça quatro pontos:
1) O dever de orar por todos
os homens sem exceção (2.1).
2) Deus deseja que todos
os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade (2.3-4).
3) Jesus se entregou a si
mesmo como resgate por todos ou “por toda a humanidade” (2.6).
4) Paulo era “mestre da
verdadeira fé aos gentios” (2.7).
Ao que parece, havia surgido
alguma confusão na igreja em relação a essas questões.2 Os falsos
mestres do judaísmo em Éfeso, através de um evangelho pervertido e do ensino de
que a salvação era somente para judeus e prosélitos do judaísmo entre os
gentios, restringiram as orações evangelísticas. O exclusivismo religioso
impedia a oração pelos perdidos.3 Por isso vemos a
preocupação de Paulo em corrigir estes problemas doutrinários através de Timóteo.
EXPLANAÇÃO
1. A prioridade da oração (2.1)
William Hendriksen declara que
Paulo solicita a Timóteo que providencie para que em todos os lugares, no
território de Éfeso, em que o povo de Deus se reúna para o culto público, que
em suas orações sejam lembrados os reis e todos os que se ocupam de posições de
preeminência, que, em suma, sejam feitas súplicas, orações, intercessões e
ações de graças por todos os homens.4
Em outras palavras, o que
Paulo começa dizendo é que, em primeiro lugar (BJC), antes de todas as coisas
(tradução literal do grego), Timóteo deveria dar prioridade no culto à prática
contínua de súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todas as
pessoas, incluindo os líderes e seus governos (BJC) que exercem autoridade
sobre nós, (NVB) para assim vivermos uma vida tranquila e pacifica (NVI), com
toda a dedicação a Deus (NTLH) e corretos em tudo. (BJC)
Paulo menciona quatro tipos diferentes de práticas no culto – súplicas,
orações, intercessões e ações de graças, três das quais ele já havia mencionado em
conjunto numa carta anterior,5 em Filipenses 4.6. A maioria dos
estudiosos afirmam que os três termos iniciais – súplicas (deçsis),
orações (proseuchç) e intercessões (enteuxis) – são praticamente sinônimos, não
existindo uma distinção clara entre eles; ambos os termos querem dizer a mesma coisa.
G.W.Knight, porém, é o
que nos apresenta a melhor definição destes quatro termos. Ele ressalta quanto
ao afeito que esses quatro termos devem dar às nossas orações: (deçsis),
requerendo necessidades específicas; (proseuchç), levando a Deus as que temos
em vista; (enteuxis) apelando com ousadia a favor delas; e (eucharistias),
agradecendo por elas.6
Embora Paulo use esse
conjunto de quatro palavras, todas elas focalizam um único ponto: as
orações devem ser feitas em favor de todos os homens (vs.1).7 Matthew Henry observa que os discípulos de Cristo devem ser gente que ora; todos, sem
distinguir nação, seita, nível ou partido.8
2. A diversidade da oração (2.1b)
De acordo com a proposição exposta, vemos que, “na realidade, essas palavras sugerem diferentes aspectos da oração”.9 William Barclay sintetiza que nesta passagem se agrupam quatro palavras diferentes que significam oração. É certo que não se as pode distinguir de maneira nítida; entretanto, quando as examinamos, cada uma delas tem algo que nos dizer a respeito da maneira de orar.10 Pessoalmente, acredito que estes quatro termos são os pilares em que a oração está construída; estas palavras formam a oração. Sendo assim, vejamos, pois, o significado de cada um deles:
1.1. Súplicas
Este substantivo grego – (deesis) – “deriva
de uma raiz que significa carecer, estar desprovido ou estar sem. Esse tipo de
oração é motivado por uma necessidade”.11 É uma oração feita com
insistência e submissão; “é um pedido feito com humildade”12 “em que
se solicita favor ou graça”.13 Em outras palavras, este sentimento
que leva a súplica “surge de necessidades especificas e urgentes”.14
Paulo recomenda a
Timóteo que ele deveria fazer, juntamente com a igreja em Éfeso, constantes
súplicas. De acordo com o contexto, estas súplicas a Deus deveriam ser realizadas em favor da salvação de “todas as pessoas” que ainda não foram convertidas ao
Senhor Jesus (vs.4).
O foco
do apóstolo aqui é especificamente o pedido para que o Senhor perfaça a
necessidade de salvação de muitos que se encontram longe dEle. Este sentimento
de compaixão deve nos compungir a estarmos constantemente levando nossas
súplicas ao Senhor, para que o evangelho alcance e transforme
o maior número de vidas possível, se assim for da sua vontade.
1.2. Orações
Esta palavra tem um
sentido mais amplo, geral. “A diferença básica entre súplicas (deesis) e
orações (proseuche), é que a primeira pode ser dirigida tanto ao homem como a
Deus, enquanto a segunda nunca se usa para outra coisa senão para uma
aproximação a Deus”.15
Súplicas são orações
específicas em ocasiões de imprevisto nem sempre presentes em nossa vida, tais
como a cura para uma enfermidade, o desemprego, um
momento de fraqueza espiritual, dentre outras coisas. No entanto, o sentido
de orações aqui se trata de uma prática contínua por alguma necessidade sempre
presente em nossa vida. Baseado no contexto, temos a
constante necessidade de oração pela salvação das pessoas em geral, que não é
algo somente restrito a esta perspectiva, mas que abrange outras áreas de nossa
vida, como a oração também sendo um ato de adoração.
Existem alguns exemplos de
orações pela nossa vida que devemos estar diariamente observando, como a
necessidade de progredir na santificação, a necessidade de mais sabedoria,
de mais comunhão com Deus, de mais força e capacidade espiritual para
desempenharmos nosso trabalho na igreja com mais excelência, temor e responsabilidade. É só por meio da oração que iremos progredir na vida cristã e
chegarmos à maturidade espiritual.
1.3. Intercessões
No grego, “o verbo da qual deriva este
substantivo tem o significado de ter audiência com o rei, ter a sorte de ser
admitido a uma audiência para apresentar um pedido”.16 “O verbo da
qual deriva essa palavra é usado em referência à intercessão de Cristo e do
Espírito Santo pelos cristãos (Rm 8.26; Hb 7.25)”.17 Em outras
palavras, “uma tradução mais adequada para intercessões seria petições”.18
William Barclay sublinha que originalmente, este verbo significava simplesmente encontrar-se, ou estar de
acordo com uma pessoa; depois adquiriu um significado especial e técnico (como
este que citamos): entrar na presença de um rei e lhe apresentar uma petição.
Enteuxis adquiriu o significado técnico de uma petição apresentada perante um
governador ou rei”.19
O desejo de Paulo era que os
cristãos em Éfeso tivessem compaixão pelos perdidos, e entendessem a
profundidade da dor e da miséria da situação em que se encontravam e se
achegassem a Deus com intimidade para rogar pela salvação deles.20
1.4. Ações de graças
Deve-se ter em mente que não
só é preciso recorrer às súplicas, orações e intercessões, mas, também, às ações
de graças em favor de todos os homens.21 A expressão ação de
graças (eucharistias), significa “demonstração de gratidão, confirmação de
gratidão”.22 Esta mesma expressão também é usada como referência à comunhão entre os irmãos na ceia do Senhor.
Em Atos 2.42-44-46, é relatado que os primeiros
cristãos mantinham o costume da comunhão no partir do pão em várias
casas (referência à santa ceia), nas orações e compartilhavam suas refeições
juntos uns com os outros com alegria e simplicidade de coração.
Contudo, orar não significa somente
pedir coisas a Deus, mas, sobretudo, significa agradecer-lhe por amor e por
tudo que Ele fez e faz continuamente por nós. Infelizmente, para muitos cristãos, a oração se resume em pedidos egoístas para satisfazer o seu próprio ego e em
queixas e mais queixas acerca dos sofrimentos da vida, quando na verdade a
oração teria que ser continuamente em ação de graças apesar das adversidades (At 5.40-41; 1Pe 2.19-21; 4.12-16). “Temos o direito de trazer
nossas necessidades, nossos desejos e nossos pedidos perante Deus; mas também
temos o dever de trazer continuamente perante Ele nossas ações de graças”.23
2. O alvo da oração (2.1c-2)
O alcance da oração é universal. Abarca o mundo inteiro. Tendo visto sobre as formas da oração, trataremos desta vez acerca do foco da oração.
2.1. As classes da oração
No
versículo 1c, Paulo recomenda a oração por todos os homens. Ele “está
pensando nos governantes e (por implicação) súditos, nos gentios (vs.7) e
(também por implicação) judeus, e está insistindo com Timóteo para providenciar
que no culto público não se omita nenhum desses grupos”24.
A expressão
todos os homens, na forma que se usa aqui, significa todos os homens sem
distinção de raça, nacionalidade ou posição social, e não todos os homens
individualmente, tomados um a um.25 A oração pela salvação
deve ser feita por todos que ainda não se converteram a Cristo em
arrependimento e fé, quer seja negro ou branco, brasileiro ou estrangeiro, rico
ou pobre.
Por conseguinte, no
versículo 2a, Paulo destaca as classes específicas de homens que devemos orar: reis e
todos os que se acham (ou estão) investidos de autoridade. Esta admoestação aos cristãos de Éfeso para orar pelos governantes pode ter sido estranha para eles, “sendo que naquele tempo não havia nenhum governante que
fosse cristão em qualquer parte do mundo”.26
Vários imperadores, não somente no passado, entre o ano 50 até o
ano 300 d.c., como Cláudio e Nero, que na época em que esta carta foi escrita
ocupava o trono, Domiciano, entre outros, perseguiram e mataram cruelmente muitos
cristãos. Nesta época, “aos olhos das autoridades romanas os cristãos faziam
parte de uma seita judaica”.27
Houve e ainda há perseguição por parte do governo hostil a Deus contra a igreja. Por muitas vezes resulta na morte de cristãos em países onde há perseguição e o evangelho é rejeitado. Por conta disso, qual era a razão dos efésios orarem por esses governantes que só os oprimiam, perseguiam e buscavam a qualquer custo sempre uma oportunidade de matá-los? Em Romanos 13.1, Paulo escreve que as autoridades que governam foram instituídas por Deus, quer seja cristã ou não. Portanto, a razão pela qual o apóstolo orienta os cristãos para que orem pelos governantes das nações veremos a seguir:
Houve e ainda há perseguição por parte do governo hostil a Deus contra a igreja. Por muitas vezes resulta na morte de cristãos em países onde há perseguição e o evangelho é rejeitado. Por conta disso, qual era a razão dos efésios orarem por esses governantes que só os oprimiam, perseguiam e buscavam a qualquer custo sempre uma oportunidade de matá-los? Em Romanos 13.1, Paulo escreve que as autoridades que governam foram instituídas por Deus, quer seja cristã ou não. Portanto, a razão pela qual o apóstolo orienta os cristãos para que orem pelos governantes das nações veremos a seguir:
2.2. O efeito da oração
(vs.2b-3)
Duas
coisas acontecem na vida da igreja quando há a prática da oração intercessora em
favor dos governantes.
i. Uma vida tranquila e mansa
A expressão vida tranquila
“refere-se à ausência de perturbações exteriores; mansa refere-se à ausência de
perturbações interiores. Ao orar pelos perdidos, incluindo os governantes, a
igreja pode vivenciar certo nível de liberdade religiosa. A perseguição deveria
acontecer apenas como resultado de uma vida justa, e não da desobediência
civil”.28
John Stott afirma que somente
numa sociedade em que impere a ordem é que a igreja terá liberdade para
desincumbir-se, sem qualquer impedimento, das responsabilidades que lhe foram
dadas por Deus.29 Se há paz, segurança e dignidade, a
igreja pode trabalhar livremente (evangelizando) para dar a cada um a
oportunidade de ouvir o evangelho e voltar-se para Deus”.30
ii. Uma vida de piedade e respeito
O substantivo “piedade refere-se
à verdadeira reverencia ou devoção por Deus. É a atitude certa para com a
santidade, majestade e amor de Deus”.31 Em outras palavras, é ter
uma atitude correta diante de Deus em todas as coisas. O outro substantivo,
respeito, “pode ser traduzido por seriedade moral e se refere à dignidade moral
e à conduta santa diante das pessoas”.32
3. A expressão da oração (2.3-4)
Paulo vai expor a
Timóteo como as nossas orações são consideradas por Deus, qual a sua reação
mediante a essa atitude dos cristãos intercederem pelos não cristãos e o seu
desejo para com “todos os homens”.
3.1. Uma atitude inefável (vs.3)
O adjetivo bom vem do “termo
grego que enfatiza a ideia de algo intrinsecamente bom, não apenas bom em seus
efeitos. Aceitável e excelente são sinônimos desse adjetivo”.33 Deus
considera a oração intercessora pelos perdidos como uma atitude de profundo
amor e obediência para com Ele. “O Pai agrada-se de ver seus filhos orando
conforme lhe ordenou e segundo a sua vontade”.34
3.2. O desejo de Deus para com todos os homens (vs.4)
Ao ressaltar que Deus deseja
que todos os homens sejam salvos (vs.4a), Paulo poderia ter mente alguns dos
judeus nacionalistas que acreditavam serem os únicos privilegiados e preferidos
na salvação, e que ela era restrita somente a eles como povo de Israel.
Todavia, a salvação tem um alcance universal. Não somente o remanescente judeu, mas os eleitos de todas as etnias espalhados pelo mundo inteiro são salvos (Ap 5.9). A palavra deseja vem dos verbos gregos (Thelô) e (bulomai). “Ambos podem ter o sentido tanto de desejar como de querer”.35 Com efeito, o termo desejo neste contexto significa algo que Deus quer que aconteça, isto é, não a salvação de todos os homens, pois nem todos serão salvos, mas a salvação de todas as classes de homens, a qual já está decretada.
Todavia, a salvação tem um alcance universal. Não somente o remanescente judeu, mas os eleitos de todas as etnias espalhados pelo mundo inteiro são salvos (Ap 5.9). A palavra deseja vem dos verbos gregos (Thelô) e (bulomai). “Ambos podem ter o sentido tanto de desejar como de querer”.35 Com efeito, o termo desejo neste contexto significa algo que Deus quer que aconteça, isto é, não a salvação de todos os homens, pois nem todos serão salvos, mas a salvação de todas as classes de homens, a qual já está decretada.
É o decreto de Deus que todos os tipos de pessoas serão salvas e chegarão ao conhecimento da verdade. Porque esse é o seu decreto, isso e o que acontecerá, e de fato isso é o que vem acontecendo desde o tempo dos apóstolos.36 Cristo não salvou todos os homens sem exceção, mas todos os homens sem distinção. Ele salvou todos os tipos de homens, todos aqueles que creem.
Calvino afirma que a expressão todos os homens se refere que nenhuma nação da terra e nenhuma classe social são excluídas da salvação, visto que Deus quer oferecer o evangelho a todos sem exceção. Deus considera a todos os homens como sendo igualmente dignos de participar da salvação.37 Hendriksen, por sua vez, salienta que todos os homens aqui e no (vs.1) tem o mesmo sentido: que a salvação é universal; ou seja, não se limita a certos grupos em particular. A intenção de Deus é que todos os homens, sem distinção de posição social, raça ou nacionalidade, sejam salvos.38
Paulo termina dizendo que o desejo de Deus é que todos sejam salvos e venham a
conhecer a verdade (NTLH) ou que compreendam esta verdade. (NBV) Que
verdade é essa? O plano da salvação revelado nas Escrituras de que há um só Deus,
e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus homem. O qual se deu a si
mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo
(vs.5-6).
4. A base da oração (vs.5-6)
A oração
está fundamentada na obra de Jesus Cristo como salvador e
mediador.
4.1. O pacto da graça (vs.5)
Há um pacto
de Deus com seu povo, e que Cristo é o (único e perfeito) mediador entre eles 39 (Hb 8.6; 9.15; 12.24; Gl 3.19-20). E por que houve a
necessidade de um mediador?
A fim de que todos nós
pudéssemos ser salvos da ira divina (porque somos alienados de Deus por causa
dos nossos pecados em virtude de estarmos unidos pactualmente a Adão e,
consequentemente, sujeitos à sua ira) Deus teve de enviar um mediador.40 O mediador é aquele que permanece entre duas
pessoas em litígio 41 com a finalidade de reconciliá-las. O termo
grego para mediador significa aquele que vai no meio.42
Vine define o mediador como
aquele que media entre duas partes com a intenção de produzir paz. Embora mais
do que a mediação esteja em vista, porque a salvação dos homens necessitava que
o próprio mediador possuísse a natureza e os atributos daquele com quem ele
age, e deveria igualmente participar da natureza daqueles por quem ele age.43
Isto posto,
entendemos que Jesus Cristo é o nosso representante e também o representante de
Deus que “vindica os interesses de ambas as partes: Um Deus irado e o homem
pecador carente de perdão”.44 Deus e os homens estavam
separados, em inimizade, por causa do pecado do homem contra o Deus santo. Por
iniciativa amorosa do próprio ofendido, no conselho eterno, o filho se dispôs a
tomar a natureza humana para, como Deus e homem que é, efetuar a reconciliação,
mediando entre as partes contratantes (2Co 5.18-19).45
4.2. A singularidade da graça
(vs.6)
O texto diz que Cristo a si
mesmo se deu em resgate (vs.6a). O substantivo resgate, no grego, traz a ideia
de um preço pago pela libertação de um escravo. A preposição prefixada implica
numa troca.46 Estávamos numa escravidão, sujeitos ao pecado e
ao juízo, sem condições de nos salvarmos, e que o preço pago para a nossa
libertação foi a morte de Cristo em nosso lugar”.47A sua morte teve como objetivo o sacrifício
substitutivo, onde Ele se ofereceu voluntariamente como sacrifício pelo pecado, que culminou no resgate por todos.
Cristo não morreu em favor para resgatar todos os homens; antes, Ele
morreu em favor para resgatar todos os seus escolhidos espalhados no mundo inteiro. Provendo, desse modo, o
testemunho do propósito de Deus no tempo exato (BJC), em seu próprio tempo
(NVI) ou a seu tempo (ARC) (vs.6).
O nascimento e a
morte de Jesus aconteceram no primeiro século; agora, em seu próprio tempo, o
testemunho dEle tem de ser dado (evangelizando Cristo e este crucificado). E
para isto (para esse testemunho) fui (Paulo) designado pregador e apóstolo
(afirmo a verdade, não minto), mestre dos gentios na fé e na verdade (vs.7)”.48
CONCLUSÃO
A oração é uma atitude extremamente importante na igreja. Deixar de orar é o
mesmo que desprezar a cruz.49 Entretanto, mesmo que todas as coisas já estejam
predeterminadas por Deus, inclusive a salvação de todos os seus eleitos, não devemos
cessar de orar pela salvação dos perdidos. É nossa responsabilidade praticar
diariamente a oração por obediência às Escrituras. Deus utiliza-se dos meios oração e evangelização para cumprir o seu propósito
redentor e soberano no mundo. Deus decreta tanto os fins quanto os
meios para a sua vontade acontecer.
O Senhor predeterminou pela oração e pela evangelização da igreja que muitos dos seus escolhidos fossem alcançados. Por isso, devemos perseverar na oração e na evangelização, a fim de cumprirmos diligentemente o nosso chamado cristão e glorificar a Cristo em nossa vida (Cl 4.2a; 1Ts 5.17).
NOTAS:
1. John Stott. A
mensagem de 1 Timóteo e Tito, pág 57.
2. Bíblia de Estudo
Genebra. Notas de Rodapé.
3. Bíblia de Estudo Macarthur. Notas de Rodapé.
4. William Hendriksen. 1, 2 Timóteo e Tito, pág
118.
5. John Stott. A
mensagem de 1 Timóteo e Tito, pág 57.
6. Knight (1992), pág 115.
7. John Stott. A mensagem
de 1 Timóteo e Tito, pág 58.
8. Mattew Henry. Comentário Bíblico do Novo Testamento.
9. Comentário Bíblico NVI, pág 2052.
10. William Barclay. 1 Timóteo, pág 68.
11. Bíblia de Estudo MacArthur. Notas de Rodapé.
12. Dicionário da Bíblia de Almeida, pág 151.
13. Dicionário online de português.
14. Comentário Bíblico NVI, pág 2052.
15.
William Barclay. 1 Timóteo, pág 69.
16.
Fritz Rienecker e Cleon Rogeres. Chave Linguística do Novo Testamento Grego, pág
458.
17. Bíblia de estudo MacArthur. Notas de Rodapé.
18. Warren Wiersbe. Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento, pág 280.
19. William Barclay. 1 Timóteo, pág 69.
20. Bíblia de Estudo MacArthur. Notas de Rodapé.
21. William Hendriksen. 1, 2 Timóteo e Tito,
pág 119.
22. Hans Burki. 1 Timóteo, pág 32.
23. William Barclay. 1 Timóteo, pág 69.
24.
William Hendriksen. 1,
2 Timóteo e Tito, pág 121.
25. Ibid.
26. John Stott. A mensagem de 1 Timóteo e Tito,
pág 59.
27. Hans Burki. 1 Timóteo, pág 32.
28. Bíblia de Estudo MacArthur. Notas de Rodapé.
29. John Stott. A mensagem de 1 Timóteo e Tito,
pág 60.
30. Comentário Bíblico Africano, pág 1508.
31. Fritz Rienecker e Cleon Rogers. Chave
Linguística do Novo Testamento Grego, pág 458.
32. Bíblia de Estudo MacArthur. Notas de Rodapé.
33. Warren Wiersbe. Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento, pág 280.
34. Ibid.
35. John Stott. A mensagem de 1 Timóteo e Tito,
pág 62.
36. Vicent Cheung. 1 Timóteo, pág 26.
37.
Calvino. Pastorais, pág. 57.
38.
William Hendriksen. 1, 2 Timóteo e Tito, pág 123.
39.
Heber Carlos de Campos. As duas naturezas do Redentor, pág 54, 55.
40. Ibid, pág 55.
41. Ibid, pág 117.
42. Ibid, pág 55.
43. Citado por Herbert Lockyer, All Divine Names e
Titles in the Bible (Londres: Pickring e Inglis Ltd, 1975), pág 204.
44. Ibid, pág 55, 117.
46. Fritz Rienecker e Cleon Rogers. Chave Linguística do
Novo Testamento Grego, pág 459.
47.
John Stott. A mensagem de 1 Timóteo e Tito, pág 68.
48.
Ibid, pág 70.
49.
Warren Wiersbe. Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento, pág 281.
Autor: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21