Texto base: Romanos
7
INTRODUÇÃO
No capítulo 6.1-23, Paulo discorre sobre a
libertação do pecado através da graça e a santificação pela fé. No capítulo
7.1-25, ele fala da lei e do pecado. E, no capítulo 8.17, ressalta a nova vida
em Cristo. Logo, o tema em destaque em Romanos 7 é a questão da lei e do
pecado; a vida na carne debaixo da lei, de uma pessoa não cristã.
Romanos 7 “é um dos textos mais complexos e
difíceis desta carta; talvez um dos mais densos de todo o Novo Testamento.
Existe uma gama de opiniões dos estudiosos acerca da sua real interpretação.
Todavia não há unanimidade entre os muitos exegetas quanto ao seu significado
primário”.1
Dentre várias interpretações para Romanos 7,
quero elencar as três principais:
(1) Paulo estaria se referindo a si mesmo
devido aos pronomes eu e mim como cristão experimentando batalhas atuais contra
o pecado? (2) Como um antigo fariseu antes da sua conversão a Cristo? Ou (3)
referindo-se às pessoas em geral que estão tentando separar-se da obra do
Espírito Santo para obter justiça com sua própria força?2
ARGUMENTAÇÃO
Antes de analisar exegeticamente Romanos 7, é necessário elencar 3 considerações essenciais, para que assim alcancemos o entendimento adequado de todo este bloco.
1. No versículo 9, Paulo diz: Outrora sem a lei eu vivia; mas sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri. No versículo 11 ele ressalta: Porque o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento, me enganou e me matou. E, no versículo 13b, o apóstolo conclui este trecho, descrevendo que o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma coisa boa, a lei (vs.12), causou nele a morte, a fim de que pelo mandamento se mostrasse sobremaneira maligno.
1. No versículo 9, Paulo diz: Outrora sem a lei eu vivia; mas sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri. No versículo 11 ele ressalta: Porque o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento, me enganou e me matou. E, no versículo 13b, o apóstolo conclui este trecho, descrevendo que o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma coisa boa, a lei (vs.12), causou nele a morte, a fim de que pelo mandamento se mostrasse sobremaneira maligno.
2. Todos esses versículos estão
no aoristo segundo indicativo ativo, exceto o versículo 11, que está apenas no
aoristo indicativo ativo.3 Os verbos Enganou, matou e causou fazem referência a um tempo passado, isto é, a fatos que já aconteceram.
3. Em Romanos 7 há o uso frequente dos pronomes pessoais eu
e mim. No versículo 7b, observamos que Paulo diz: Mas eu
não conheci o pecado senão pela lei, porque eu não conheceria a concupisciência, se a lei não dissesse: Não
cobiçaras. No versículo 8 ele salienta que o pecado tomando ocasião pelo mandamento despertou em mim toda a concupiscência. No versículo
10 ele continua: E o mandamento que era
para a vida, achei eu que me era para a morte. E, finalmente, o
versículo 11 diz: o pecado tomando
ocasião pelo mandamento, me enganou
e, por ele, me matou. Vemos no restante do capítulo 7 de Romanos, nos versículos 13-14, 17-18,
20- 21, 23-25, que Paulo faz uso desses
pronomes.
Tendo em mente essas 3 considerações importantes, passemos agora para a análise exegética de Romanos 7.
Tendo em mente essas 3 considerações importantes, passemos agora para a análise exegética de Romanos 7.
1. Dois modos de vida (7.1-6)
Ao expor a questão da lei, Paulo vai usar
nestes versículos “um principio (vs.1), uma ilustração (vs.2-3)
e uma aplicação (vs.4-6)”4 para esboçar dois modos de vida. Vejamos, pois :
1.1. A vida sobre o domínio da lei (vs.1)
O objetivo de Paulo é trazer à memória dos
seus leitores tudo o que haviam aprendido a respeito da lei e suas
implicações, visto que no capítulo 6.6-23 ele traça um paralelo entre a
escravidão no pecado debaixo do jugo da lei, a libertação do mesmo e a santificação pela
fé mediante a graça.
Paulo está se referindo necessariamente a lei
moral, os dez mandamentos, que “os gentios bem como os judeus da igreja em Roma podiam ser tidos como conhecedores do Antigo testamento”,5 “como conhecedores em geral de toda a lei”6 (vs.1a), e que o domínio da mesma sobre nós é valido somente enquanto formos
vivos (vs.1b).
Em outras palavras, era como se o apóstolo
dissesse: “Meus irmãos, será que vocês
que conhecem a lei ainda não compreendem (ou “esqueceram”) que, quando uma pessoa morre, a Lei (“não o pecado”) não tem mais nenhum poder sobre ela”? (NBV) “Que a lei tem autoridade sobre alguém apenas
enquanto está viva? (NVI)
1.2. A metáfora do casamento (vs.2-3)
Paulo utiliza a ilustração do casamento como
um exemplo aos Romanos, a fim de que eles compreendessem melhor o que ele acabara de assinalar no versículo 1.
Vemos descrito que uma mulher casada é legalmente unida ao seu marido (pela
lei) enquanto ele vive. Mas, se esta mulher casar-se com
outro homem, estando vivo o seu marido, será considerada adúltera. Contudo, se
o marido morrer, ela estará livre para casar-se novamente, não cometendo assim adultério. “A morte rompeu a relação de casamento e liberou a mulher”.7
No
entanto, a esposa mencionada nunca consegue agradar o seu marido exigente
e implacável, pois ela “é imperfeita, carnal e rendida ao pecado”.8 É eivada de debilidades e “sempre frustra as expectativas do seu marido”.9 A lei simboliza o marido perfeccionista que condena a mulher por qualquer falha
que porventura ela venha a cometer. “A mulher [que somos nós] não pode divorciar-se
deste marido. O contrato é claro: a lei a prende ao marido enquanto ele viver. Só
a morte do marido pode tirar essa mulher desse jugo conjugal, pois a morte muda
não apenas as obrigações da pessoa morta, mas também as obrigações dos
sobreviventes que com ela mantinham algum contrato”.10
1.3. A
vida sobre o domínio de Cristo (vs.4)
Deus nos livrou da escravidão do pecado
não retirando o pecado de dentro de nós, mas fazendo com que nós morrêssemos para
o pecado na cruz com Cristo (6.6). Da mesma forma o Senhor nos livra da lei, não anulando-a, “pois ela continua a governar sobre os
homens”11, mas nos libertando do seu domínio assim como nos tirou do
domínio do pecado (6.14). Isso não quer dizer que não precisamos mais
observar a lei; pelo contrário, fomos libertos da condenação da lei, não da obrigação
da lei.
Todavia, somos livres da lei e escravos
para servir ao Rei dos Reis (1.1). Warren Wiersbe corrobora que estar morto
para a lei não significa levar uma vida sem Lei. Quer dizer apenas que a motivação
e a dinâmica de nossa vida não vem da Lei, e sim da graça de Deus
por meio de nossa união com Crist o.12
Portanto, foi assim que o casamento com a lei acabou; por isso não somos mais condenados por ela. Viúvos da lei, vivemos agora um
novo casamento com Cristo Jesus sob a maravilhosa graça de Deus (8.1). Não
vivemos sem a lei, mas agora somos capacitados pelo Espírito a obedecê-la,
dando bons frutos que glorificam a Deus (Jo 14.21a), demonstrando assim todo
o nosso amor em agradar ao novo marido tão rigoroso como o antigo, mas
compassivo e benigno com sua esposa.
1.4. O contraste entre os dois modos de vida
(vs.5-6)
A expressão vivíamos
segundo a carne, no grego, refere-se “ao homem que estava no controle de sua
própria vida, e a dirigia de modo contrário a vontade de Deus”13,
sendo assim inimigo de Deus (8.7). Quando
éramos casados com a lei, isto é, antes de sermos regenerados, estávamos sobre
o controle e o domínio do pecado, como marionetes em suas mãos (6.16). Dessa forma, “a perfeição do nosso primeiro
marido realçava ainda mais nossos erros e paixões pecaminosas”.14 Os desejos pecaminosos internalizados e ativos
em nós eram despertados e estimulados pela lei, como se estivessem
dormindo, levando-nos a ter vontade de fazer tudo aquilo que desagrada a Deus.
William Barclay acentua que a lei produz
pecado, porque o próprio fato de uma coisa estar proibida pela lei presta ao
pecado certa atração. O fruto proibido tem uma fascinação por si mesmo; e, portanto,
a própria proibição da lei despertava o desejo de pecar.15 Nessa mesma linha de pensamento, Adolph Pohl
salienta que a lei, na verdade, não produziu o pecado, mas fez funcionar o pecado
existente.
A natureza
antidivina explodiu, foi flagrada instantaneamente pela lei e, com essa
característica, podia ser submetida a julgamento .16 Em outras palavras, as nossas atitudes
pecaminosas resultariam em morte física e eterna (6.21-23, 7.5).
Parafraseando o versículo 6, era como se Paulo dissesse: Agora [expressão se referindo à nova vida em Cristo debaixo da graça] (8.1) estamos livres da lei porque já morremos (o velho homem, o eu do cristão não regenerado) para aquilo que nos mantinha prisioneiros. Por isso somos livres para servir a Deus não da maneira antiga, obedecendo à lei (aquele velho código da lei escrita e externa que produz hostilidade e condenação) mas da maneira nova, (livres das exigências da lei) obedecendo ao Espírito de Deus” (servindo a Cristo sobre a perspectiva de vida produzida pelo Espírito, caracterizada por um novo desejo de manter a lei de Deus e a capacidade para cumpri-la). (NTLH)
David
H. Stern sintetiza que “fomos
libertados: (1) de nossa própria propensão para recorrer a uma estrutura de
legalismo, (2) de sentimentos de culpa irremediáveis e (3) de penalidades e
maldades da lei por desobedecermos a ela. Três formas pelas quais a lei antes
nos dominava”.17
2. A relação entre a lei e o pecado (7.7-13)
Lutero disse que a função básica da lei é nos
conduzir a Cristo, ao passo que Calvino apegava-se ao que se tornou muito
conhecido como sua tríplice função da lei. A lei tem esta tríplice função: 1)
revelar o caráter santo de Deus, 2) repreender ou colocar limite ao pecado da
sociedade e 3) revelar e despertar o pecado em nós (3.20).18
Nesta seção, Paulo vai refutar e expandir o
assunto que outrora ele começou a tratar acerca dos dois modos de vida, a saber, a vida
debaixo da lei e a vida debaixo da graça. Indubitavelmente, o apóstolo aqui vai mais além,
enfatizando que a lei é boa e que não é culpada pelos nossos pecados, mas a
natureza irregenerada do homem morto espiritualmente é que o faz viver na
prática do pecado (Ef 2.1-3).
2.1. O propósito da lei é revelar o pecado
(vs.7)
Depois de havermos morrido para o pecado e para
a lei, será que estou dizendo que a lei é pecado? Paulo começa seu argumento
com essa pergunta. Ele responde de modo enfático: De modo nenhum! “É claro que
não”! (NTLH) “A
lei não é responsável pelo pecado e pela morte”19, antes, ela tem
como função revelar o pecado existente em nós (3.20).
Hernandes Dias Lopes diz que a lei é como um
raio x que diagnostica os tumores infectos da nossa alma. A lei é um espelho
que revela o ser interior e mostra como somos imundos”.20
Ao caracterizar a lei pelo décimo mandamento,
Paulo nos remete para o monte Sinai (Êx 20.17), onde a lei fora dada aos judeus
sem lei que haviam acabado de sair do Egito rumo a Canaã, a terra prometida. A partir daí, a nação de Israel, que não
conhecia o pecado, toma conhecimento dele através dos dez mandamentos. É
importante destacar que o pecado não se forma por meio da lei, mas o que surge
pela lei é o reconhecimento dele.21
2.2. O propósito da lei é despertar o pecado (vs.8)
No grego, a expressão tomando
ocasião, significa oportunidade,
e era usada com referência a uma base de operações militares, o ponto de
partida ou base de operações para uma expedição.22 Ou seja, o pecado
encontra no mandamento uma porta aberta, uma oportunidade para entrar e
suscitar em nós toda sorte de desejos (vs.8a).
Conforme já foi
mencionado, no versículo 5, a lei não somente expõe o pecado, mas
também tem como objetivo despertar e estimular todo o tipo de “desejo cobiçoso”, (NVI) “desejo proibido” (NBV). Para que o impulso em fazer algo proibido
seja ativado em nós, é necessário que exista aquilo que nos proíba de fazê-lo. Com efeito, as proibições da lei, os nãos, é que são o ponto
de partida para despertar o desejo de pecar. Se não existe a proibição ou o
mandamento para não pecar, não haveria a possibilidade do pecado.
O uso do
pronome eu, aqui, e no restante do
capítulo, é uma figura de linguagem; é retórico, hipotético. Paulo usa esse
termo não para relatar uma experiência individual, mas como exemplo para mostrar
o povo de Israel, bem como judeu que era.
A história do povo de Israel é retratada aqui. Uma trajetória conturbada de 40 anos no deserto marcada pela desobediência, pelas murmurações, pela ingratidão a Deus e pela constante vontade de regressar ao Egito. Eles quebraram todos os mandamentos já conscientes da lei que lhes fora dada. Mesmo antes do povo de Israel receber a lei por intermédio de Moisés, eles tinham pecado, entretanto, o pecado contra a lei da consciência (2.14-15) e contra a revelação natural (1.20-21). Mas ele não era “levado em conta” sem lei (5.13; 2.12). “Sem a lei o pecado não é caracterizado juridicamente, somente pelo encontro com a lei o pecado se torna passível de ação judicial (5.13)”.23
A história do povo de Israel é retratada aqui. Uma trajetória conturbada de 40 anos no deserto marcada pela desobediência, pelas murmurações, pela ingratidão a Deus e pela constante vontade de regressar ao Egito. Eles quebraram todos os mandamentos já conscientes da lei que lhes fora dada. Mesmo antes do povo de Israel receber a lei por intermédio de Moisés, eles tinham pecado, entretanto, o pecado contra a lei da consciência (2.14-15) e contra a revelação natural (1.20-21). Mas ele não era “levado em conta” sem lei (5.13; 2.12). “Sem a lei o pecado não é caracterizado juridicamente, somente pelo encontro com a lei o pecado se torna passível de ação judicial (5.13)”.23
Os israelitas não transgrediram mandamentos
objetivos como Adão transgrediu no Éden, comendo do fruto que Deus o proibira
de comer, mas pecaram deixando de agir de acordo com a luz recebida.24 Foi somente na esfera
da lei que a culpa podia ser desmascarada e reputada como inimizade contra Deus,
e, assim, tornar-se algo consciente.25 Mas agora, depois que veio a
lei, começa o conflito entre ela e o pecado.
2.3. O propósito da lei é condenar o pecado (vs.9-13)
No texto em voga, Paulo começa com uma afirmação, dizendo que antes, em algum tempo no
passado, ele vivia sem o conhecimento
da lei (vs.9a). O substantivo ele, que
Paulo usa como se estivesse referindo-se a si mesmo, descrevendo uma
experiência passada em que viveu sem o conhecimento da lei, não encontra
amparo no contexto de Romanos e das outras cartas escritas pelo apóstolo.
Mediante o que sabemos de Paulo pelo Novo Testamento,
principalmente em Filipenses 3.4-10, ele sempre teve conhecimento da lei. Ele era
circuncidado
ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de benjamim, hebreu de hebreus;
quanto à lei, fariseu (vs.5). Quanto ao zelo, perseguidor da igreja, quanto à
justiça que há na lei, irrepreensível (vs.6).
Certamente, Paulo nunca viveu em algum tempo sem a lei. Desde muito cedo, quando ainda tinha 12 anos, que é a idade que o judeu alcança a maturidade, ele já havia sido instruído no judaísmo aos pés de
Gamaliel através do “Bar Mitzvá” (filho da lei), que é uma cerimônia que introduz o jovem judeu na comunidade judaica. Quando completa 13 anos, o judeu é convidado pela primeira vez a ler a Torá. Depois disso, o jovem pode integrar o “miniaim”, que é um número diminuto de 10 homens para realizar cerimônias judaicas. De igual modo, Jesus, aos 12 anos, também foi introduzido no judaísmo. Antes dos 12 anos, os pais são responsáveis pelos atos dos filhos. Após esta idade, os jovens e as moças podem participar da comunidade e assumir suas responsabilidades na lei, na tradição e na ética judaica.
Mais tarde, Paulo perseguiu os cristãos “em nome de Deus” e pelo zelo da religião, pois achava estar fazendo um favor ao Senhor em assolar a igreja, considerada por ele uma seita herética (At 22.3-5, 26.9-12, Gl 1.13). Por isso, baseado no contexto anterior, nos versículos 7-8, o apóstolo aqui também está fazendo alusão à experiência nacional de Israel no Egito, antes de receber a lei no monte Sinai (vs.9a). Após receberem a lei (vs.9b), o pecado, já existente (vs.9c, 5.14), despertou, foi estimulado (vs.9d) e houve a consciência da perda da comunhão com Deus por causa do pecado. Assim, os israelitas, “enganados pelo pecado que se aproveitou da lei (vs.11), cujo objetivo era produzir vida”,25 descobriram que era para a morte e condenação (vs.10). John Stott afirma que a lei é boa (vs.12), mas também é fraca. Em si ela é santa; contudo é incapaz de nos tornar santos.26
Mais tarde, Paulo perseguiu os cristãos “em nome de Deus” e pelo zelo da religião, pois achava estar fazendo um favor ao Senhor em assolar a igreja, considerada por ele uma seita herética (At 22.3-5, 26.9-12, Gl 1.13). Por isso, baseado no contexto anterior, nos versículos 7-8, o apóstolo aqui também está fazendo alusão à experiência nacional de Israel no Egito, antes de receber a lei no monte Sinai (vs.9a). Após receberem a lei (vs.9b), o pecado, já existente (vs.9c, 5.14), despertou, foi estimulado (vs.9d) e houve a consciência da perda da comunhão com Deus por causa do pecado. Assim, os israelitas, “enganados pelo pecado que se aproveitou da lei (vs.11), cujo objetivo era produzir vida”,25 descobriram que era para a morte e condenação (vs.10). John Stott afirma que a lei é boa (vs.12), mas também é fraca. Em si ela é santa; contudo é incapaz de nos tornar santos.26
A lei é perfeita, entretanto não santifica. Ela não tem o poder de operar em nós aquilo que ela exige: a obediência total. Mas a lei tem como objetivo caracterizar o pecado de Adão, que tornou-se a herança de todos nós, e deixar claro o que o pecado representa e o castigo para ele (vs.13).
3. O conflito entre a lei e o pecado (vs.14-25)
Depois de fomentar a relação entre a lei e o
pecado, Paulo, agora, irá relatar o tenso conflito que existe entre a lei e o
pecado. O apóstolo vai enfatizar a tentativa de um judeu piedoso que
vive debaixo da lei, que tenta obedecê-la fora da obra regeneradora do
Espírito e concluir com a nova vida em Cristo Jesus (8.1).
Podemos notar que essa descrição é relatada por
alguém que agora é cristão, mas olha para trás, para o passado, no sentido de contar uma
experiência que viveu antes de ser convertido, no caso, o
conflito entre tentar obedecer a lei na carne. Por isso vemos agora a mudança do tempo verbal no passado (vs.8-13) para o presente (vs.14-25).
3.1. A lei e a natureza irregenerada (vs.14,
18, 22-23)
Percebemos, mais uma vez, que, antes de expor o conflito entre a lei e a natureza
irregenerada, Paulo vai mostrar outro detalhe sobre a lei – que ela é
espiritual (vs.14a). Por espiritual no sentido de que “trata do ser interior,
da parte espiritual do ser humano, bem como de suas ações exteriores.
A
Lei dada em Êxodo era referente às ações exteriores. Mas, ao repetir a Lei em
Deuteronômio, Moisés sintetizou a qualidade interior dela com respeito ao
coração do homem (Dt 10.12-13). A repetição do termo amor em Deuteronômio também mostra que a interpretação mais profunda
da lei diz respeito ao ser interior (Dt 30.6)”;27 (vs.22).
Não
obstante, Paulo enuncia agora, no tempo
presente, que é carnal, vendido à escravidão do pecado (vs.14b).
O apóstolo afirma que a dificuldade em obedecer não está na lei,
mas sim, nele mesmo, pois o estado em que se encontra, como escravo do pecado,
preso à sua vontade pecaminosa, o impossibilita de lograr êxito.
Delineando esta condição de Paulo – e observando todo o contexto que abrange o capítulo 6 e 8
de Romanos – vemos que esta passagem não pode ser autobiográfica. O versículo 14b
realça a vida na carne (sarkinos) de uma pessoa irregenerada, necessariamente
de um judeu não convertido a Cristo que vive debaixo da lei. Se Paulo estivesse nesta condição, se contradiria com o que ele mesmo havia escrito no capítulo 8.4b,
6, 7, 9a. Seria como se ele dissesse: Irmãos, eu não sou cristão, sou um irregenerado, pois ainda vivo na
carne, no pecado!
Ele afirma também no versículo 18 que em sua natureza humana pecaminosa não habita bem algum. Por um lado, é verdade,
mas a ideia de que não há nada de bom no cristão penetra no contraste da questão da regeneração e da nova vida em Cristo (8.15). Após a regeneração, há coisas boas na vida do cristão. Primeiro, o Espírito Santo que habita nele salvadoramente, e, em segundo, a capacidade conferida pelo mesmo a praticar boas obras que glorifiquem a Deus.
No versículo 23, Paulo admite que é prisioneiro da lei do pecado. Se interpretarmos essa assertiva como se referindo a um cristão, não faz sentido, e seríamos obrigados a constatar que Paulo estaria se contradizendo novamente acerca de tudo o que ele disse anteriormente no capítulo 6.6,11a, 18, 22, que, pela morte de Cristo, fomos libertados da lei e da escravidão do pecado. Essas são algumas das dificuldades contidas na interpretação majoritária de que Paulo estaria retratando o conflito do cristão com o pecado.
No versículo 23, Paulo admite que é prisioneiro da lei do pecado. Se interpretarmos essa assertiva como se referindo a um cristão, não faz sentido, e seríamos obrigados a constatar que Paulo estaria se contradizendo novamente acerca de tudo o que ele disse anteriormente no capítulo 6.6,11a, 18, 22, que, pela morte de Cristo, fomos libertados da lei e da escravidão do pecado. Essas são algumas das dificuldades contidas na interpretação majoritária de que Paulo estaria retratando o conflito do cristão com o pecado.
3.2. Uma vida derrotada (vs.15-25b)
O quadro pintado por Paulo nestes
versículos não é uma experiência de vida cristã instável, ecoada por altos e
baixos, onde às vezes se faz o bem e o mal. Pelo contrário, o que temos aqui é um quadro de derrota
constante. A pessoa está em crise porque nunca faz o bem. Vemos um ciclo continuo de derrota, onde se tem o conhecimento do bem e o querer fazê-lo,
porém não a capacidade. Por mais que a pessoa tente, sempre haverá a frustração de não conseguir obedecer à lei.
O judeu que tinha recebido a lei
sabia o que era certo e errado. Mesmo não se vendo neste conflito pelo o
orgulho religioso, reconhecia e aprovava a lei de Deus (vs.22). Da perspectiva de
Paulo em Romanos 7, é impossível o homem morto espiritualmente obedecer à lei. No entanto, se esta for uma experiência de vida
cristã normal, conforme muitos acreditam, existe algo errado. Talvez o “cristão” que viva assim ainda não tenha nascido do
Espírito. A vida cristã normal está relatada nos capítulos 6 e 8.6-8, 10,15, a qual é caracterizada pela libertação do pecado, a vitória sobre
o pecado e o trilhar da santificação pela fé. Em contrapartida, não estou dizendo que a vida
cristã é definida pelo perfeccionismo, a vitória constante sobre o pecado e que não exista conflitos. Pelo contrário, todo cristão está sujeito à fraquezas e dificuldades com determinados pecados no processo de santificação (veja como exemplo 6.12; 1Co 9.26-27; Gl 5.17-25), mas não por um conflito do nível descrito por Paulo, o qual é assinalado por uma “vida cristã fracassada”.
Herman Ridderbos ratifica:
Herman Ridderbos ratifica:
Os elementos colocados em contraste em Romanos
7, consequentemente, não são (como em G1 5) o Espírito e a carne ou (como em Rm
6), a graça e a lei, mas sim, o ego humano, o “eu mesmo” (v. 25) e a carne, a
lei de Deus e a lei do pecado. Na luta entre essas partes, a vitória é da carne
e do pecado, e apesar de toda a sua vontade e desejo, o ego encontra-se em
absoluta escravidão e em situação de morte.28
3.3. A
nova vida em Cristo (vs.25a e 8.1)
Em virtude da frustração de não conseguir
obedecer os preceitos que a lei ordena, o judeu reconhece a sua
miserabilidade diante de Deus e a sua incapacidade de cumpri-la, com a pergunta no versículo 24. Assim, Paulo responde a pergunta no versículo 25a com um enfático clamor de gratidão, que é a antecipação do capítulo 8.1, mostrando a
saída da prisão do pecado e da lei, que é Cristo Jesus, o nosso Senhor.
A expressão Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas com a carne, à lei do pecado, (ARC) se entendida como se Paulo estivesse dizendo que a lei de Deus está no mais profundo íntimo da mente (nous) do cristão, e por isso é escravo de Deus, mas ainda é escravo do pecado, ele estaria dando graças a Deus pelo crente estar na condição de não regenerado ou na carne (8.5-9), a qual é impossível coadunar. Para escapar das contradições, das dificuldades deste capítulo e resolver o conflito, muitos estudiosos interpretam a expressão quem me livrará?, como se o apóstolo estivesse se referindo ao futuro, quando o cristão for transformado pela glorificação, que se dará na segunda vinda de Cristo, onde não será mais suscetível ao pecado. Mas, enquanto estiver neste mundo, mesmo regenerado, o crente ainda viverá o conflito de com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.
Todavia, essa interpretação é equivocada, pois a expressão Assim que, é um resumo de tudo o que Paulo disse do versículo 14 ao 24. É um breve epítome acerca desta dualidade. Em seguida, o apóstolo escreve com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.
Existe apenas uma dificuldade no versículo 25, que é o significado da expressão eu mesmo. Com efeito, Paulo está se referindo a si mesmo como pessoa; mas, será que se refere a si mesmo também nas outras partes que compreendem toda a perícope de Romanos 7, conforme já vimos? Para termos uma compreensão adequada, o versículo 25 deve ser lido e entendido à luz do versículo 23. Será que Paulo pretendia se identificar com o entendimento da lei de Deus que possuía naquele momento, já convertido? Se a resposta for sim, como conciliar essa afirmação com Romanos 6.14, 17-18 [Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, vistes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.]?
Isto posto, acredito que, no versículo 25, o homem que tem o conhecimento “intelectual” da lei de Deus, que é escravo dela, isto é, que esmera-se em seu estudo, mas que ainda vive na escravidão do pecado, seja um homem não regenerado, um judeu religioso, que tinha o conhecimento da lei e o prazer na mesma, entretanto precisava nascer de novo para conseguir observá-la, mediante a capacitação do Espírito Santo. Nicodemos é o exemplo incontestável de um judeu que era religioso e mestre da lei, mas que ainda não havia nascido do alto (Jo 3.1-10). Assim sendo, Paulo narra em Romanos 7 o conflito de uma ou várias pessoas na condição de estarem prestes a serem redimidas.
Certamente não é fácil, ou mesmo possível, tipificar esse ego de Romanos 7.7-25 com uma única palavra. Sem dúvida alguma, não deve ser considerado num sentido biográfico, como uma descrição da experiência pessoal de Paulo antes e na ocasião de sua conversão. Romanos 7 e 8 preocupam-se, demais, com contrastes e termos histórico-redentores e não com experiências individuais, para que seja este o caso. Ao mesmo tempo, não se trata simplesmente de uma declaração retórica de generalização: é isso que acontece de um modo geral com um homem que está sob a lei, visto agora com os olhos da fé. Apesar de ser, com certeza, mais do que pessoal, no sentido de que o contraste histórico-redentor é o verdadeiro ponto de partida para o drama delineado em Romanos 7, ainda assim, um contexto pessoal não deve ser caracterizado como meramente retórico. Paulo pode identificar-se especificamente com o homem moral preso à lei, pois ele mesmo já havia sido assim. Esse homem é descrito aqui em sua luta e derrota tendo a lei como aliada e o pecado e a carne como adversários, em suas aspirações elevadas e seu completo fracasso. Sem dúvida, deve-se dizer que, particularmente no reconhecimento de falência absoluta conforme aparece nos versículos 14ss e 24, o homem natural fala a linguagem da miséria, uma vez que esta só pode ser avaliada em toda a sua profundidade e compreendida a partir do conhecimento da redenção. Por esse motivo, num determinado momento, a faísca salta, por assim dizer, a partir “do outro lado”: Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor! Isso não significa, porém, que toda essa descrição, portanto, não tem qualquer ligação com a experiência própria do homem fora de Cristo ou que, também, não pode significar para ele, uma revelação da verdadeira situação em que se encontra. Paulo traça um retrato tão vívido e cativante, pois deseja colocar diante dos olhos não apenas do homem em Cristo, mas também do homem debaixo da lei, a necessidade absoluta de outro poder moral além do “eu mesmo”, do nous, do homem interior. Ao relatar toda a luta do ego, ele deixa que seja sentido, por um lado, como que em solidariedade com aqueles que lutam com e sob a lei, que, no passado, ele próprio estava debaixo da lei e, portanto, essa luta não lhe é estranha; por outro lado, mostra também o quanto, para ele, a luz surgiu a partir da desesperança dessa situação.29
A expressão Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas com a carne, à lei do pecado, (ARC) se entendida como se Paulo estivesse dizendo que a lei de Deus está no mais profundo íntimo da mente (nous) do cristão, e por isso é escravo de Deus, mas ainda é escravo do pecado, ele estaria dando graças a Deus pelo crente estar na condição de não regenerado ou na carne (8.5-9), a qual é impossível coadunar. Para escapar das contradições, das dificuldades deste capítulo e resolver o conflito, muitos estudiosos interpretam a expressão quem me livrará?, como se o apóstolo estivesse se referindo ao futuro, quando o cristão for transformado pela glorificação, que se dará na segunda vinda de Cristo, onde não será mais suscetível ao pecado. Mas, enquanto estiver neste mundo, mesmo regenerado, o crente ainda viverá o conflito de com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.
Todavia, essa interpretação é equivocada, pois a expressão Assim que, é um resumo de tudo o que Paulo disse do versículo 14 ao 24. É um breve epítome acerca desta dualidade. Em seguida, o apóstolo escreve com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.
Existe apenas uma dificuldade no versículo 25, que é o significado da expressão eu mesmo. Com efeito, Paulo está se referindo a si mesmo como pessoa; mas, será que se refere a si mesmo também nas outras partes que compreendem toda a perícope de Romanos 7, conforme já vimos? Para termos uma compreensão adequada, o versículo 25 deve ser lido e entendido à luz do versículo 23. Será que Paulo pretendia se identificar com o entendimento da lei de Deus que possuía naquele momento, já convertido? Se a resposta for sim, como conciliar essa afirmação com Romanos 6.14, 17-18 [Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, vistes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.]?
Decerto, o homem descrito por Paulo a partir
do versículo 14 está cônscio dos “dois lados” existentes nele. Tem conhecimento
e prazer na lei de Deus, porém não consegue observá-la, não consegue viver em
conformidade com as suas demandas. Este homem tem o desejo de obedecer à lei de
Deus, mas percebe que é incapaz, porque a lei do pecado, que é vívida nele, e
demasiadamente mais forte, o impede (vs.15-25b).
Isto posto, acredito que, no versículo 25, o homem que tem o conhecimento “intelectual” da lei de Deus, que é escravo dela, isto é, que esmera-se em seu estudo, mas que ainda vive na escravidão do pecado, seja um homem não regenerado, um judeu religioso, que tinha o conhecimento da lei e o prazer na mesma, entretanto precisava nascer de novo para conseguir observá-la, mediante a capacitação do Espírito Santo. Nicodemos é o exemplo incontestável de um judeu que era religioso e mestre da lei, mas que ainda não havia nascido do alto (Jo 3.1-10). Assim sendo, Paulo narra em Romanos 7 o conflito de uma ou várias pessoas na condição de estarem prestes a serem redimidas.
Certamente não é fácil, ou mesmo possível, tipificar esse ego de Romanos 7.7-25 com uma única palavra. Sem dúvida alguma, não deve ser considerado num sentido biográfico, como uma descrição da experiência pessoal de Paulo antes e na ocasião de sua conversão. Romanos 7 e 8 preocupam-se, demais, com contrastes e termos histórico-redentores e não com experiências individuais, para que seja este o caso. Ao mesmo tempo, não se trata simplesmente de uma declaração retórica de generalização: é isso que acontece de um modo geral com um homem que está sob a lei, visto agora com os olhos da fé. Apesar de ser, com certeza, mais do que pessoal, no sentido de que o contraste histórico-redentor é o verdadeiro ponto de partida para o drama delineado em Romanos 7, ainda assim, um contexto pessoal não deve ser caracterizado como meramente retórico. Paulo pode identificar-se especificamente com o homem moral preso à lei, pois ele mesmo já havia sido assim. Esse homem é descrito aqui em sua luta e derrota tendo a lei como aliada e o pecado e a carne como adversários, em suas aspirações elevadas e seu completo fracasso. Sem dúvida, deve-se dizer que, particularmente no reconhecimento de falência absoluta conforme aparece nos versículos 14ss e 24, o homem natural fala a linguagem da miséria, uma vez que esta só pode ser avaliada em toda a sua profundidade e compreendida a partir do conhecimento da redenção. Por esse motivo, num determinado momento, a faísca salta, por assim dizer, a partir “do outro lado”: Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor! Isso não significa, porém, que toda essa descrição, portanto, não tem qualquer ligação com a experiência própria do homem fora de Cristo ou que, também, não pode significar para ele, uma revelação da verdadeira situação em que se encontra. Paulo traça um retrato tão vívido e cativante, pois deseja colocar diante dos olhos não apenas do homem em Cristo, mas também do homem debaixo da lei, a necessidade absoluta de outro poder moral além do “eu mesmo”, do nous, do homem interior. Ao relatar toda a luta do ego, ele deixa que seja sentido, por um lado, como que em solidariedade com aqueles que lutam com e sob a lei, que, no passado, ele próprio estava debaixo da lei e, portanto, essa luta não lhe é estranha; por outro lado, mostra também o quanto, para ele, a luz surgiu a partir da desesperança dessa situação.29
CONCLUSÃO
Quais as lições que Romanos 7 nos ensina?
Explicitamente, o que intitulamos de “Corrupção Radical” ou “Depravação Total”! Devido ao pecado de Adão, a humanidade recebeu como herança e consequência a perda da comunhão com Deus. Todos
pecaram e morreram com Adão. Estávamos lá, sendo representados por ele (5.19); portanto, carecemos da glória de Deus, a fim de sermos libertados da lei e do domínio
do pecado (3.23).
Pela lei, estamos condenados à morte e não
podemos retornar à comunhão com Deus, a não ser que Ele nos escolha
levar até a Cristo (Jo 5.44) e opere em nós tanto o querer bem como o
efetuar (Fp 2.13). Destarte, somente Jesus pode transformar
por completo o nosso ser, nos regenerando, perdoando, justificando,
santificando e nos tornando filhos do Deus altíssimo através da adoção.
NOTAS:
1. Hernandes Dias Lopes. Romanos, pág 256.
2. Wayne Grudem. Comentário de Romanos na Bíblia de Estudo Plenitude.
3. Novo Testamento Interlinear - Grego e Português.
4. John Stott. Romanos, pág 56.
4. John Stott. Romanos, pág 56.
5. John Murray. Romanos, pág 267.
6. Fritz Rienecker e
Cleon Rogers. Chave
Línguistica do Novo Testamento Grego, pág 266- 267.
7. Warren Wiersbe. Comentário
Bíblico Expositivo, pág 697.
8. Hernandes Dias Lopes. Romanos, pág 260.
9. Ibid.
10. Ibid.
11. Warren Wiersbe. Comentário bíblico Expositivo, pág
697.
12. Ibid.
13. Fritz Rienecker e
Cleon Rogers. Chave
Línguistica do Novo Testamento Grego, pág 266- 267.
14. Hernandes Dias Lopes. Romanos, pág 262.
15. William Barclay. Romanos,
pág 103.
16. Adolph Pohl. Romanos,
pág 68.
17. David H. Stern. Comentário
Bíblico Judaico, pág 411.
18. R.C. Sproul. Romanos,
pág 195-196.
19. Comentário Bíblico
Africano, pág 1396.
20. Hernandes Dias Lopes. Romanos, pág 264.
21. Adolph Pohl. Romanos, pág 69.
22. Fritz Rienecker e Cleon Rogers. Chave Linguística do Novo Testamento Grego, pág
267.
23. Adolph Pohl. Romanos,
pág 70.
24. Hernandes Dias Lopes. Romanos, pág 227.
25. Adolph Pohl. Romanos,
pág 56.
26. John Stott.
Romanos, pág 228.
27. Warren Wiersbe. Comentário Bíblico Expositivo, pág
699.28. Herman Ridderbos. Teologia do Apóstolo Paulo, pág 135.
29. Ibid, pág 137-138.
CONSULTAS ADICIONAIS:
David Martin Lloyd-Jones, Romanos.
João Calvino, Romanos.
William Hendriksen, Romanos.
Autor: Leonardo
Dâmaso
Divulgação: Reformados
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