21 de junho de 2016

A prioridade pastoral mais negligenciada por pastores


Quando me tornei pastor principal, uma transição do papel de pastor auxiliar em outra igreja, fiquei muito ocupado em minha vida e ministério, mais ocupado do que em qualquer momento anterior. Eu sabia, sem dúvida alguma, o que eu era chamado para fazer. Eu sabia o que deveria estar fazendo. Mesmo assim, semana após semana, eu via coisas que eu deveria estar fazendo sendo espremidas para fora da minha agenda por causa de demandas urgentes. Acima de todo o resto, a tarefa que parecia ser mais espremida para fora era a oração.

E eu não acredito que esteja sozinho nisso. Mais do que qualquer outro aspecto do chamado de um pastor, a oração é o mais difícil de manter. Oração requer tempo. E a oração é normalmente mais proveitosa em um lugar calmo, sem constantes interrupções e distrações. Infelizmente, a oração não virá até você exigindo sua atenção.

Em meio a pessoas querendo seu tempo e tarefas urgentes para completar, gastar tempo em oração é fácil de negligenciar.

Um pastor sabe que ele pregará a cada sete dias, independente de quão ocupado ele esteja. O sermão precisa ser feito e então o tempo é separado para isso. Também há pessoas doentes no hospital cujo sofrimento pesa na sua consciência, de maneira que mesmo que você esteja ocupado, você vai eventualmente arrumar tempo para visitá-las. Funerais acontecem também, e um pastor fica à disposição dos planos da família e da casa funerária. Reuniões de pastores e diáconos são planejadas antecipadamente, e essas se tornam prioridades na agenda pastoral. E mais, outras pessoas dependem dele para estar lá e liderar. Mas nada disso acontece com a oração.

A oração pode pesar em sua consciência, mas ela não está reclamando. Ela permanece na lista de tarefas do dia, mas aqueles por quem não oramos não sabem que estão sendo esquecidos. Enquanto outras demandas roubam nossa atenção, a oração é empurrada para o fim da fila. Muitos pastores, inclusive eu, vão passar semanas após semanas até que eventualmente aquela voz suave e necessária nos chamando para parar e orar vai desaparecendo. Se um tempo suficiente passar, a voz da convicção e do desejo desaparecerá. Quando isso acontece, a oração é espremida para fora da sua vida.

Ironicamente, um pastor pode estar tão ocupado cuidando de seu povo que ele nunca arruma tempo para parar e orar por eles.

Pastores, eu sei que suas agendas estão cheias. Eu estou ciente das grandes demandas do seu tempo que pressionam sua consciência. Mas não se esqueça de orar por seu povo essa semana. Ore com seu povo. Separe tempo em um lugar calmo e clame a Deus pelo seu povo. Faça as outras ocupações pastorais esperarem. É seguro dizer que elas são menos importante do que a oração.



Autor: Brian Corft
Tradução: Fabio Luciano
Revisão: Yago Martins