O que distingue o
"evangélico" moderno do crente verdadeiro? O que é ou como é o
evangélico neopentecostal?
Falta de senso crítico. O
neopentecostal dá crédito fácil à mentira. Ele aceita com facilidade qualquer
invenção que aparece sem questionar nada, bastando apenas que o líder diga tudo
com ares de autoridade e com alguns "aleluias". (At 17.11; Ef
4.14-15)
Falta de disposição para
aceitar a correção. É inútil mostrar biblicamente ao neopentecostal que ele
está errado. Ele dirá que a Bíblia pode ser interpretada das mais variadas
maneiras e desprezará todas as evidências da Palavra de Deus que militem contra
suas crendices (2 Tm 3.8; 4.3-4).
Falta de interesse no estudo
bíblico sério e profundo. O neopentecostal é um grande ignorante da Palavra de
Deus. Ele não vê o estudo teológico como algo importante. Geralmente ele diz
que estudar a Bíblia ou a teologia é uma prática carnal. Para fundamentar essa
crença, é usado 2 Coríntios 3.6 (entendem que a frase a letra mata é uma censura de Paulo contra o estudo!!!). O que existe na verdade é uma
imensa preguiça intelectual e uma falta absoluta de interesse pelo que Deus
ensina em sua Palavra. Assim, não há ênfase na pregação e no estudo sério das
Escrituras no meio neopentecostal. A ênfase maior é no louvor, nas supostas
curas, nas expulsões de demônios, nos cultos de libertação e coisas do tipo. (1
Co 1.21; 1 Tm 3.15; 2 Tm 2.15)
Falta de história de
conversão. Os neopentecostais não têm uma história de conversão (1 Co 6.9-11; 1
Ts 1.9-10). Se forem questionados sobre como ou quando se converteram, dirão
geralmente que foram numa determinada comunidade e ali viram curas ou alguma
outra coisa que os impressionou; dirão que o pastor adivinhou algo sobre a vida
deles ou que os problemas que tinham começaram a desaparecer, levando-os a se
firmar na igreja. Nada dizem sobre arrependimento pessoal, confissão de
pecados, perdão, novo nascimento ou outras coisas próprias da conversão. Talvez
o maior problema do neopentecostal é o fato dele não ser um crente verdadeiro
(2 Co 13.5).
Falta de vida cristã exemplar.
O neopentecostal tem um testemunho de vida moral horrível. Ele não se preocupa
com a santidade, o viver separado do mundo ou o imitar Cristo. Aliás, é
exatamente o contrário disso que é estimulado, sob a justificativa de que
igualar-se ao mundo vai atrair os descrentes para a igreja (é por isso que os
cultos neopentecostais são mais parecidos com shows (Veja Hb 12.28-29). Essa
falta de preocupação com o viver cristão é substituída pela preocupação com o
bem-estar físico e financeiro e com a busca de experiências místicas, fortes
emoções e entretenimento (veja Tg 4.9-10), como espetáculos musicais, shows e
passeatas. (2 Co 6.14-15; Tg 4.4; 1 Jo 2.3-6)
Falta de compromisso com a
igreja local. As reuniões neopentecostais são marcadas por um constante
vai-e-vem de centenas e até milhares de pessoas. A cada dia o auditório muda.
Não há membrezia. A maior parte dos frequentadores não se conhece devido à grande
rotatividade de gente que entra e sai. O pastor não tem um rebanho em que ele
conhece cada uma das ovelhas, acompanha-as, disciplina-as quando necessário e
se sente responsável por elas. Isso faz com que as igrejas neopentecostais se
tornem o paraíso daqueles "crentes" que não dão certo em igreja
nenhuma e que não querem ter compromisso com nada. (Hb 10.25; 1Jo 1.7).
Como Deus tem usado o
movimento neopentecostal para atingir seus propósitos?
A criação de uma forte
insatisfação nos convertidos verdadeiros. Como as igrejas neopentecostais não
oferecem nada que realmente dê vigor espiritual, os verdadeiros convertidos
dentro dessas igrejas, depois de algum tempo, começam a se sentir famintos de
algo mais sólido e verdadeiro. Essa fome geralmente é acompanhada de
comparações entre o que a Bíblia diz e o que os líderes falam, o que geralmente
faz com que esses crentes comecem a ser desprezados e perseguidos. Diante disso
tudo, tais pessoas se veem forçadas a sair em busca de uma igreja séria. (Jo
10.2-5)
A oportunidade de purificação
das igrejas genuínas. As igrejas neopentecostais têm oferecido tudo aquilo de
que os falsos crentes gostam (paz com o mundo, superstições, promessas de
prosperidade, falta de compromisso). Isso atrai para elas todo o "joio"
que há nas igrejas bíblicas. Desse modo, tirando proveito das astúcias de
Satanás, Deus tem trabalhado na edificação de uma igreja mais livre de lobos
fantasiados de ovelha. (1 Jo 2.19).
Autor:
Marcos Graconato