a) Argumento a partir dos Limites do Poder da Igreja (Bannerman
defende bem este argumento)
Breve descrição do argumento:
A igreja é uma instituição; instituída pelo mandamento positivo do Cristo
ressuscitado, e autorizada por Ele a exigir obediência a Seus mandamentos e
participação em Suas ordenanças. A Igreja não recebeu autoridade de exigir
obediência a seus próprios mandamentos, e não recebeu qualquer autoridade para
exigir participação em ordenanças fabricadas por ela. O Princípio Regulador do
Governo Eclesiástico está por trás do Princípio Regulador do Culto.
Exemplos de textos relevantes
– Mt 28.18-20; 2 Co 1.24; Rm 14.7-9
b) Argumento a partir da Liberdade de Consciência (Ed Clowney o
defende bem)
Breve descrição do argumento:
É pecado induzir o povo a agir de modo contrário ao que eles creem que é
correto. Além disso, Deus exige de nós que O adoremos somente como Ele revelou.
Portanto, exigir que uma pessoa, no culto corporativo, faça algo que Deus não
exigiu, força a pessoa a pecar contra sua consciência, ao fazê-la realizar o que
ela não crê que Deus a chamou a praticar.
Exemplos de textos relevantes
– Rm 14; 1 Co 8.4-13
c) Argumento a partir da Fé (John Owen apresenta convincentemente este
argumento)
Breve descrição do argumento:
Onde Deus não se revelou, nenhuma resposta de fé é possível, por definição. E,
sem fé, é impossível agradar a Deus. Portanto, Deus não pode se agradar do
culto que é infiel, isto é, o culto que não é uma resposta obediente à sua
revelação.
Exemplos de textos relevantes
– Rm 14.23; Hb 11.6 e todo o capítulo.
d) Argumento a partir da distância do Criador e da criatura (Calvino e
Van Til caminham nesta direção em todos os seus escritos; e, curiosiamente,
Barth também)
Breve descrição do argumento:
Os caminhos e pensamentos de Deus estão acima dos nossos como os céus estão
acima da terra. O que nos faz pensar que podemos penetrar o que agradaria a
Deus?
Exemplo de textos relevantes –
Is 40.12-14; Dt 29.29; Is 55.9; Pv 25.2.
e) Argumento a partir do caráter de Deus como zeloso
Breve descrição do argumento:
O caráter de Deus como Deus zeloso é apresentado em textos que proíbem certas
coisas (criar imagens) no culto a Deus. Assim, a proibição de criar imagens
de escultura ou qualquer outra semelhança de algo no céu ou na terra
fundamenta-se no caráter de Deus como Deus zeloso e, portanto, não
fundamenta-se em alguma peculiaridade da aliança do Sinai.
Exemplos de textos relevantes
– Ex 20.4-5; 34.14
f) Argumento a partir daquelas passagens onde a piedade é descrita como
fazer exclusivamente o que Deus deseja
Breve descrição do argumento:
Em muitas passagens, os ímpios são descritos não cumprindo o que é
contraditório à vontade de Deus, mas o que está além de Sua vontade. Da mesma
forma, os piedosos são descritos por seu temor diante da presença de Deus, ao
fazer exclusivamente o que Deus deseja.
Exemplos de textos relevantes
– Is 66.104; Dt 12.29-32; Lv 10.1-2; 1 Sm 13.8-15; 15.3-22
g) Argumento a partir da severidade dos castigos temporais infligidos
sobre aqueles que oferecem a Deus culto diferente daquele que Ele prescreveu
Breve descrição do argumento:
Há passagens em que as pessoas oferecem culto a Deus, em um desejo
aparentemente bem-intencionado de agradá-lO, mas o fazem de alguma forma não
prescrita por Deus, e Seu castigo sobre eles é severo.
Exemplo de textos relevantes –
Lv 10.1-2; 1 Sm 13.8-15
h) Argumento a partir da tendência pecaminosa para a idolatria (Rm 1).
O argumento de Paulo em
Romanos 1.19ss é que a raça humana, em sua revolta contra Deus, está “adorando
e servindo a criatura em lugar do Criador”. Ademais, isso não se deve à
ignorância, mas à corrupção moral: Tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram
como Deus, nem lhe deram graças. cf. Thomas E. Peck, Miscellanies, vol. I, p.
96-97: “O homem, portanto, é incompetente para imaginar modos de adoração
porque ele não sabe que modos são mais bem adaptados para expressar a verdade
ou as emoções que à verdade convém produzir”.
i) Argumento a partir da História da Igreja
Breve descrição do argumento:
A história da igreja amplamente demonstra que criaturas caídas, deixadas a suas
próprias maquinações, inevitavelmente produzem adoração que é ímpia. A Reforma
em especial, como um movimento histórico, presta testemunho da corrupção que
lentamente se infiltra no culto quando o culto não é regulado pela vontade
revelada de Deus.
Para mais detalhes sobre O Princípio Regulador do Culto, veja:
O Princípio Regulador do Culto (1/2)
O Princípio Regulador do Culto (2/2)
Autor: T.
David Gordon
Fonte: reformedprescambridge.com
Tradução: Josaías
Jr
Via: Reforma21