Da mesma forma que os milagres
e manifestações sobrenaturais na Bíblia não se encaixam em nenhum padrão
simplista de distribuição, eles também não se enquadram em nenhuma categoria de
propósito. Autenticar a revelação simplesmente não basta para explicar o
sentido de muitos milagres na Bíblia. Há casos em que os milagres estão ligados
à concessão da revelação. Um excelente
exemplo é a história do confronto de Moisés com o faraó,
nos primeiros capítulos de Êxodo (3-12). De modo semelhante, Saul foi
vencido por êxtase profético, num sinal de que sua unção provinha de Deus (1 Sm 10.7). Gideão, também, pediu um sinal e o recebeu,
confirmando que havia sido escolhido por Deus para derrotar os midianitas (Jz 6.17).
Deus consumiu com fogo o altar no alto
do monte Carmelo, pela palavra de Elias, a fim de confirmar a declaração de que
o SENHOR é Deus (1 Rs 18.39). Entretanto,
algumas personagens do Antigo
Testamento, como Judá, Sansão e Jonas, ficam completamente fora desse padrão.
De fato, muitos milagres veterotestamentários tinham como propósito principal outro que não a autenticação da revelação. É possível perceber pelo menos três propósitos diferentes.155
Em primeiro lugar, os milagres no Antigo Testamento eram quase sempre realizados para a obtenção de alguma coisa tangível na história humana.156 Um bom exemplo é o milagre pelo qual Gideão venceu a batalha contra os midianitas (Jz 7, 8). Ele não serviu para confirmar alguma mensagem da revelação, mas foi de grande valia para livrar a nação de um desastre militar. No caso de Sodoma e Gomorra, a intenção era punir, não revelar. O mesmo se aplica a Jonas, Azarias e outros. É possível que seja justo afirmar que a maioria dos milagres, mesmo os de Moisés e de Elias, foram realizados por razões que podem ter incluído a confirmação de alguma mensagem, mas o propósito geral ia muito além disso. Por exemplo, depois de faraó se recusar a crer que Moisés representava Jeová, Moisés começou a destruir metodicamente a terra do Egito. Assim, poder-se-ia afirmar que o propósito das pragas não era tanto autenticar a autoridade de Moisés, quanto forçar o faraó a dar liberdade aos escravos judeus. Deuteronômio 4.34 mostra que o próprio Moisés entendeu assim o propósito dos milagres, pois ele pergunta se, nos tempos passados, com sinais, e com milagres [...] e com mão poderosa [...] e com grandes espantos, segundo a tudo quanto o SENHOR vosso Deus vos fez ... Aqui os milagres efetuados no Egito e no deserto são atribuídos maciçamente ao propósito único de criar a nação de Israel (cf. 2 Sm 7.23 e 1 Cr 17.21).
Em segundo lugar, os milagres
tinham o propósito de dar sinais da existência de Deus, de seu poder e de sua vontade.157 Ou, com
palavras mais simples, eles eram realizados para gerar fé e louvores a Deus.158
Moisés manifesta isso em Deuteronômio 28.46: Serão no teu meio por sinal
e por maravilha, como também entre a tua descendência para sempre (cf. Sl
78.4). Muito tempo depois, Daniel demonstra a mesma ideia em seu testemunho
diante do rei Nabucodonosor, ao afirmar: Pareceu-me bem fazer conhecidos
os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo (Dn
4.2). Pode-se ver a mesma razão espalhada pelo Antigo Testamento nas várias
recomendações ao povo para que se lembrasse dos milagres do passado, como
Deuteronômio 11.2, 3: Considerai hoje [...] os seus sinais, as suas
obras, que fez no meio do Egito; ou 1 Crônicas 16.12: Lembrai-vos
das maravilhas que fez, dos seus
prodígios e dos juízos dos seus lábios (cf. Sl 77.11; 105.5;
111.4). Quando se contavam novamente esses fatos, as gerações posteriores
participavam de seus efeitos, e o resultado que se espera disso é a fé. Isso é
o que está por trás da repreensão de Deus ao povo judeu: ... até quando
não crerão em mim, a despeito de todos os sinais que fiz no meio deles? (Ne 9.17; cf. também Sl 78.11, 32). Quando esses fatos são narrados de novo,
incentiva-se a fé, e Deus é exaltado.159
Em terceiro lugar, o povo da
época do Antigo Testamento via os milagres em geral como sinais da presença de
Deus e de seu favor. Isso é óbvio no fato de que a ausência de fenômenos
sobrenaturais é interpretada como sinal de julgamento. Daí a pergunta de Gideão
ao anjo: ... se o SENHOR é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? e
que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo:
Não nos fez o SENHOR subir do Egito? Porém, agora o SENHOR nos desamparou, e
nos entregou nas mãos dos midianitas (Jz 6.13). Gideão interpretou a falta
de milagres em seus dias como resultado do julgamento de Deus. O salmo 74
também vê assim a história de Israel, e começa com uma pergunta: Por que
nos rejeitas, ó Deus, para sempre? Por que se acende a tua ira contra as
ovelhas do teu pasto?. Então, depois de descrever o julgamento a que
Israel foi submetido, o salmista lamenta: Já não vemos os nossos símbolos
[outras versões: sinais miraculosos]; já não há profeta; nem, entre nós, quem
saiba até quando (v. 9). A ausência de sinais e de profetas é atribuída
ao julgamento do Senhor. No salmo 77 vê-se uma associação semelhante entre a
ausência de milagres e o julgamento de Deus. Isaías lamenta da mesma forma:
Porque o SENHOR derramou sobre vós espírito de profundo sono, e fechou os
vossos olhos, que são os profetas, e vendou as vossas cabeças, que são os
videntes (29.10).
Não há dúvida de que um estudo
mais detalhado no Antigo Testamento encontraria ainda outras razões para os
milagres, razões vinculadas a ocasiões históricas específicas. As três que
citamos acima não são exaustivas, mas demonstram-se suficientes para romper uma
associação rígida entre milagres e revelação.
No Novo Testamento, o
propósito dos milagres é mais específico: eles eram realizados principalmente
como indicadores de Cristo na qualidade de Messias e para confirmar seu
advento como Filho de Deus. Isso é reforçado pelo fato de que Jesus operou milagres
apenas como parte de seu ministério público.160 Não se registram
milagres antes do início de seu ministério público, e eles diminuíram nos dias
anteriores à sua paixão, desaparecendo por completo quando ficou claro que sua
pregação pública estava chegando ao fim, sendo a única exceção a restauração da
orelha do servo do sumo sacerdote (Lc 22.51).161 Isso mostra que
Jesus pretendia que seus milagres fossem
sinais que apontassem para sua
pessoa e para sua mensagem. Ele não curava simplesmente porque as pessoas
estavam doentes e necessitadas e porque tinha compaixão e poder para ajudar.
Jesus compadecia-se igualmente antes de iniciar seu ministério e também no fim
deste. Os milagres de Jesus estavam associados à sua hora (Jo 2.4;
12.23). Eles acrescentavam brilho à luz que havia chegado a este mundo.
Chegaria a hora em que a luz seria retirada. Essa hora não mais exigiria
milagres, mas apenas que ele bebesse o cálice enviado pelo Pai (Jo
18.11). A distribuição, ou melhor, a limitação dos milagres de Jesus a seu
ministério público demonstra com toda clareza que eles se destinavam
principalmente a dar apoio a suas alegações na qualidade de Messias. No caso
dos milagres do Novo Testamento, então, podemos afirmar que eles foram
realizados principalmente, se não exclusivamente, para autenticar a revelação.
Isso é confirmado pela
expectativa de Jesus de que seus milagres fossem levados a sério.162 Em João 10.25, ele diz aos fariseus: As obras que eu faço em nome de meu Pai, testificam a meu
respeito (cf. Jo 5.36). A mesma questão foi aludida quando o paralítico
foi baixado através do telhado e Jesus disse: Mas, para que saibais que o
Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados [...] Eu te
ordeno: Levanta-te toma o teu leito e vai para casa (Lc 5.24). Um pouco
mais adiante, ele pergunta a seus opositores: Tenho-vos mostrado muitas obras
boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais? (Jo 10.31). Em Mateus
11.4-6, ele envia um recado a João Batista: Ide, e anunciai a João o que
estais ouvindo e vendo: Os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são
purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e
aos pobres está
sendo pregado o evangelho.
Na ocasião da morte de Lázaro, Jesus explicou a seus discípulos que ele havia-se demorado para que a glória do Filho pudesse ser vista (Jo 11.4). Em João 14.11, ele diz: Crede-me que estou no
Pai, e o Pai em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras (cf. Jo
10.25, 38). Todas essas passagens mostram que Jesus considerava seus milagres
claros sinais de sua divindade, claros o bastante para condenar aqueles que o rejeitassem (Jo 15.24).
Na maneira que ele vinculava
seus milagres à sua mensagem também vemos um elo entre os milagres de Jesus e a
autenticação de sua pessoa.163 Por exemplo, Cristo alimentou a
multidão e proclamou-se o pão da vida (Jo 6.35). Ele abriu os olhos ao cego e
apresentou-se como a luz do mundo (Jo 8.12). Ressuscitou Lázaro e declarou ser
a ressurreição e a vida (Jo 11.25). De forma semelhante, os milagres de Cristo
podem ser vistos como símbolos do reino.164 Todos os milagres, num
ou noutro sentido, são portadores de significado espiritual, pois apontam para
uma realidade invisível maior do que o mundo visível e para um plano de
redenção que abarca toda a história humana. Os milagres de Jesus mostravam que
Deus deseja curar o homem tanto física quanto espiritualmente.165 Na
história do paralítico baixado através do telhado, Jesus primeiramente
perdoa-lhe os pecados e somente depois o cura, num sinal de que sua autoridade
para perdoar pecados era verdadeira (Mt 9.1-2).
Os milagres de Jesus, é claro,
traziam também benefícios ou propósitos secundários.166 A mesma perspectiva pode ser
notada nos milagres de cura realizados pelos apóstolos. Eles curavam e faziam
sinais e maravilhas como parte da missão de pregar Cristo ao mundo. A
declaração de Paulo em 2 Coríntios 12.12 demonstra que tais poderes faziam parte
de sua reputação e conferiam grande autoridade às suas palavras: Pois as
credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós [...] sinais,
prodígios e poderes miraculosos. Os milagres que eles realizavam, é
claro, também eram boas obras, e isso não pode ser desprezado. Mas o propósito
básico da operação de milagres no meio dos apóstolos era autenticar a
revelação.
Por fim, chegamos à distinção
entre os milagres de Cristo, os dos apóstolos e as manifestações do Espírito na
igreja por meio dos dons de sinais miraculosos. Nesse ponto, a amplitude da expressão
sinais e maravilhas é potencialmente problemática, pois abrange
tanto os grandes milagres de cura quanto todos os tipos de experiências
espirituais de menor porte. É importante que se faça distinção entre os dois
grupos, pois, embora os milagres de Cristo e os dos apóstolos estejam ligados
à revelação, as manifestações espirituais de dons de sinais miraculosos menores
não mantinham necessariamente esse vínculo. É claro que o aspecto testemunhal
desses dons é importante, conforme se verifica na expressão dons de
sinais, mas ele não goza de exclusividade. De modo geral, eles foram
concedidos para a edificação da igreja. Pode-se perceber isso pela própria
natureza dos dons, que
incluem elementos práticos
como administração, socorros,
serviço, etc. Esses não são sinais que apontam para a revelação, mas poderes
espirituais que contribuem para a qualidade da igreja como corpo de Cristo.
Outras discussões mais detalhadas sobre o propósito dos dons de sinais desviaram-nos
do propósito deste livro. Creio que seja suficiente observar que a presença
desses sinais e maravilhas de menor expressão no Novo Testamento nega o
argumento de que os milagres estavam ligados exclusivamente à concessão da
revelação.
155. Encyclopaedia Britannica, 12:270.
NOTAS:
155. Encyclopaedia Britannica, 12:270.
156. Berkouwer afirma:
"Dificilmente é permissível restringir os milagres à condição de elementos
de informação ou de símbolos instrutivos [...] Em geral não se dissocia a
natureza testemunhal dos milagres do efeito histórico dos atos de Deus"
(op. cit., p. 208). Nesse ponto, a Encyclopedia Britannica concorda: "O
propósito de um milagre pode estar no resultado imediato e direto do evento, e.
g., livramento de um perigo iminente (a travessia do mar Vermelho, em Êxodo
14), cura de uma enfermidade ou provisão abundante para o necessitado. Todavia,
com bastante frequência, o propósito supremo é a demonstração do poder de Deus
ou do santo, o homem de Deus, por
intermédio de quem Deus atua, a quem se
atribui o milagre. Assim, a travessia do
mar Vermelho pelos israelitas é descrita não apenas sob o aspecto de livramento
de um grande perigo, mas como revelação da presença salvadora de Deus e da
consequente necessidade de servi-lo e de obedecer-lhe ..." (12:270).
157. O verdadeiro milagre
sempre traz consigo um propósito. Nunca é um evento casual, mas está sempre
ligado a uma decisão de Deus no sentido de exercer seu poder de modo visível e
racional. Esse pensamento é bem elaborado pelo filósofo Richard Swinburne:
"Se um deus interviesse na ordem natural para fazer com que uma pena
pousasse aqui e não ali, sem propósito profundamente definido, ou para virar a
caixa de brinquedos de uma criança simplesmente por maldade, esses eventos não
seriam descritos naturalmente como milagres. Para constituir um milagre, um
evento deve contribuir de modo significativo para um propósito santo e divino
para o mundo" (op. cit., p. 7). Milagres não são meros eventos que
inspiram admiração. Para o fiel, eles sempre trazem um elemento de sentido. Nos
termos da hermenêutica moderna, diríamos que um milagre tem um excedente de
sentido, isto é, seu sentido vai além do simples fenômeno em si. Esse sentido
extra faz dele um sinal, e é exatamente assim que quase sempre se considera o
milagre no Novo Testamento um sinal (cf. Jo 20.30).
158. Entre outros exemplos de
milagres que produzem o louvor a Deus, temos Êx 3.20; 4.8, 9, 17, 21, 28, 30;
7.3, 9; 8.23; 11.9, 10; 15.11; 34.10; Nm 14.11, 22; Dt 4.34; 6.22; 7.19; 10.21; 11.2, 3; 13.1; 26.8; 29.3;
34.11; Js 24.17; 2 Sm 7.23; 2 As 19.29; 20.8, 9; 1 Cr 17.21; 2 Cr 32.24; Ne
9.10; SI 9.1; 40.5; 65.8; 78.12, 43; 88.10, 12; 89.5; 106.22; 135.9; 136.4; Is
7.14; 37.30; 38.7; 38.22; Jr 32.201 21; Dn 6.27; Jl 2.26, 30; Mq 7.15; Jo 3.2;
6.14; 7.31; 12.18; At 8.6, 13.
159. Veja ainda Êxodo 15.11:
"Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu glorificado em
santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas. Ou Neemias 9.10:
"Fizeste sinais e maravilhas contra Faraó [...] adquiriste
renome...".
160. A. B. Bruce comenta que a
cura realizada por Cristo estava sujeita a três restrições: ela se limitava
à terra
de Israel, estava condicionada pela fé, mesmo naquela terra, e com o
tempo entrou em declínio, devido à mudança de espírito do povo judeu (op. cit.,
p. 266).
161. Louis Monden afirma que
existiu um momento decisivo que levou à diminuição da frequência, depois do
incidente de fé em Cafarnaum. À medida que se aproximava a paixão, o poder miraculoso de Cristo deixou de ser
demonstrado enquanto este caminhava como um cordeiro para o sacrifício. Veja o capítulo 6, How
the miracle is wrought, de Signs and wonders.
162. Ouadrato, bispo de
Atenas, escreveu várias apologias ao Imperador Adriano, das quais restou apenas
um fragmento. Ele é fascinante pelo vislumbre que oferece das pessoas curadas
por Jesus. "As obras de nosso Salvador, além disso, estiveram sempre
presentes: pois eram reais e consistiam daquelas pessoas curadas de suas
doenças, das que foram ressuscitadas dos mortos, das que foram vistas não
apenas ao ser curadas e ressuscitadas, mas que estiveram sempre presentes
depois disso. Nem estiveram elas presentes apenas durante a permanência do
Salvador sobre a face da terra, mas também durante um tempo considerável depois
da par tida dele; e, na verdade, algumas delas vivem até os nossos dias (ANE,
Fragment 126, 8:749).
163. Veja a análise desse elo
feita por A. B. Bruce, op. cit., p. 121.
164. Monden escreve:
"Esses milagres [de Jesus] faziam parte de um plano redentor que Deus
inaugurou no começo dos tempos. Os principais temas dos evangelhos são vistos
em ação nos milagres de Jesus: libertação do pecado, amizade e paz com Deus, a
redenção do mundo, a esperança da glória. Os milagres de Jesus tornam-se
símbolos de ações cheios de significado quando compreendidos da maneira
adequada. Por exemplo, na multiplicação dos pães, Jesus chama a si mesmo o pão
da vida. Em Caná, na água que se transforma em vinho, ele faz uma alusão velada
a seu próprio sangue como o vinho a ser derramado. Na ressurreição de Lázaro,
ele aponta para si mesmo como a verdadeira ressurreição. Na cura do cego de
nascença, ele mostra o sentido mais profundo do evento. Em cada caso, aquilo
que Jesus realizava no corpo, por meio da ação dos milagres, ele desejava que
fosse interpretado também num nível espiritual" (op. cit., p. 112).
165. Berkouwer faz o seguinte
comentário: ''Vida restaurada pela salvação de Deus em Jesus Cristo - este é o
significado dos milagres. É por isso que os milagres não são meros eventos
extraordinários, mas atos de salvação. João fica sabendo não apenas que os
milagres são realizados, mas também que o evangelho é pregado aos pobres (Mt
11.5)" (op. cit., p. 212).
166. John Wimber percebe seis
propósitos dos milagres de Cristo:
1) demonstrar a compaixão de
Cristo e sua misericórdia (Mt 14.14; 20.34; Me 1.41), 2) dar testemunho das
alegações de Cristo (Mt 8.14, 15; Lc 5.18, 19), 3) apresentar Cristo como
aquele de quem o Antigo Testamento dá testemunho (Mt 11.1, 2), 4) ilustrar de forma física o
que Deus deseja fazer por nós sob o aspecto espiritual (Mt 9.1, 2), 5) levar as
pessoas ao arrependimento (Lc 10.8, 9) e 6) revelar que o evangelho destina-se
tanto a gentios como a judeus (Lc 7.1-10) (Power healing, p. 12-3). Entretanto,
conforme observa Jack Deere, não existe nas Escrituras nenhuma declaração
direta sobre o propósito dos milagres. Em vez disso, os milagres aparecem
acompanhados de várias palavras relacionadas à função deles, como
"confirmar" (Mc 16.20), "testemunhar" (Jo 5.36) e
"aprovar" (At 2.22) (op. cit., p. 96).
Autor: Alan
Pieratt
Trecho extraído do Livro Sinais e Maravilhas: O Dedo de Deus ou os Chifres do Diabo? Editora: Vida Nova
Trecho extraído do Livro Sinais e Maravilhas: O Dedo de Deus ou os Chifres do Diabo? Editora: Vida Nova