A ANIQUILAÇÃO DOS ÍMPIOS
Tanto
Adventistas do Sétimo Dia como Testemunhas de Jeová ensinam a aniquilação final
dos ímpios e negam que exista um lugar de tormento eterno chamado inferno. Fica
estabelecido que nós, por ora, não estaremos mais discutindo o assim chamado estado
intermediário entre a morte e a ressurreição, mas que estaremos a tratar agora de
um aspecto da doutrina do estado final – o estado em que os homens entrarão
após a ressurreição do corpo.
Adventistas
do Sétimo Dia ensinam que depois do ataque final de Satanás sobre o “arraial
dos santos” descerá fogo dos céus e aniquilará Satanás, seus anjos malignos e
todos os ímpios. Antes de isso acontecer, entretanto, aqueles a serem
aniquilados serão submetidos a graus de sofrimentos, de acordo com a culpa das
pessoas ou demônios envolvidos; o próprio Satanás sofrerá o mais longo deles e
vai, enfim, ser o último a perecer em chamas. No final desse período de flagelação,
contudo, todos aqueles que foram rebeldes para com Deus serão apagados da existência.1
O
ensino dos Testemunhas de Jeová sobre este ponto é um pouco mais complicado. Ao
passo que os Adventistas do Sétimo Dia afirmam que todos os que morreram serão mais
uma vez redivivos, não importando o quão ímpios eles possam ter sido, os
Testemunhas de Jeová asseveram que alguns indivíduos não serão ressuscitados,
antes permanecerão na inexistência dentro da qual foram imergidos por ocasião do
seu óbito: os mortos no Armagedom, Adão e Eva, aqueles que pereceram no Dilúvio,
e assim por diante.2 Indivíduos ressuscitados da morte durante o
Milênio, os quais ali não se sujeitaram ao governo de Deus, vão ser aniquilados
antes do fim do Milênio.3 Satanás e seus demônios, soltos no fim do
Milênio, obterão sucesso em conduzir alguns dos habitantes da Terra a se
extraviarem; ele vai liderar esta horda num ataque final sobre o “arraial dos santos”.
No entanto, fogo descerá do céu e aniquilará todo este exército rebelde.4
A possibilidade sempre permanece de que alguns dos que forem deixados na nova
terra após a destruição de Satanás ainda possam ter de ser aniquilados.5
Diferentemente dos Adventistas do Sétimo Dia, todavia, os Testemunhas de Jeová
não ensinam uma gradação de sofrimentos anterior à aniquilação dos ímpios.
O termo apollumi. A
doutrina da aniquilação dos ímpios, no entanto, não se encontra em concordância
com as Escrituras. A fim de refutar este ensino nós devemos, antes de tudo,
olhar para algumas das palavras mais comuns usadas no Novo Testamento para
descrever a penalização final dos ímpios. A palavra mais comumente usada para
este propósito é o verbo apollumi, usualmente
traduzida como destruir ou perecer (na voz média ou passiva). Em Questions on Doctrine, nas páginas 536 e
537, os Adventistas do Sétimo Dia dão a impressão de que a palavra apollumi, quando usada no Novo
Testamento quanto ao destino dos ímpios, significa aniquilar. Os Testemunhas de
Jeová dão a mesma impressão. Na página 97 de Let God Be True, eles citam Mateus 10.28 em que a palavra apollumi é usada para descrever o que
Deus faz tanto à alma quanto ao corpo no inferno (Gehenna), e concluem: “Uma
vez que Deus destroi a alma e o corpo no Gehenna, isso é uma prova conclusiva
de que o Gehenna, ou vale do filho de Hinom, é uma ilustração ou símbolo da
aniquilação completa, e não de tormento eterno.” A implicação é clara: apollumi tem que significar aniquilação.
Como
pode ser demonstrado que no Novo Testamento apollumi
nunca significa aniquilação? Primeiro, nós notamos que essa palavra jamais
significa aniquilar quando aplicada a outras coisas que não o destino eterno
dos homens. Observemos a abrangência de significação do termo no Novo
Testamento:
(1)
Algumas vezes apollumi significa
simplesmente estar perdido. É
bastante utilizado nas três parábolas de elementos perdidos em Lucas 15, para designar a ovelha perdida, a moeda
perdida e o filho perdido. No caso do filho, seu estado de perdido significava
que ele estava perdido quanto à comunhão para com o pai, uma vez que ele foi
contra os planos de seu pai.
(2)
A palavra apollumi pode ser aplicada,
de uma relativa forma, à significação de tornar-se
inútil. Assim, em Mateus 9.17, ela é usada para mostrar o que acontece com
odres velhos quando você coloca vinho novo dentro deles: o couro se perde ou torna-se inútil. E em Mateus
26.8 uma palavra a esta relacionada é usada para aquilo que os discípulos
pensaram ter sido um desperdício de dinheiro – o derramar do unguento sobre a
cabeça de Jesus: “Qual o propósito deste desperdício?” (a palavra vertida para desperdício é apooleia, substantivo derivado de apollumi). Em nenhuma destas situações é viável que tal termo, ou
palavra dele derivada, possa significar aniquilação.
(3)
Às vezes apollumi é usado
significando assassinar. Note, por
exemplo, Mateus 2.13: “porque Herodes há de procurar o menino para o matar (apolesai).” Além do fato de que é o
próprio Jesus envolvido aqui, será que matar quer dizer aniquilação? Como
aprendemos em Mateus 10.28, alguém não é aniquilado quando é morto. Ademais,
estritamente falando, alguém nem mesmo aniquila o corpo alheio quando mata um
homem. As partículas de um corpo em decomposição se transformam em outros tipos
de matéria.
(4)
Existe uma classe importante de passagem que não permite a possibilidade de apollumi querer dizer aniquilação -
Lucas 9.24: “Pois quem quiser salvar a sua vida (psuchee), a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa,
esse a salvará.”
Perder a sua vida na segunda metade do verso é uma
tradução de apolesee teen psucheen.
Pode-se traduzir psuchee por “alma”,
se houver quem prefira. Qualquer que seja o caso, a aniquilação está fora de
questão. Se na segunda parte desse versículo apollumi significasse aniquilação, a pessoa que entraria num estado
de aniquilação seria a pessoa salva! Alguém perder a vida ou a alma deve
significar algo bem diferente de aniquilação: é estar disposto a submeter os
seus próprios interesses aos do Reino de Deus.
(5)
Chegamos agora àquelas passagens em que a palavra apollumi é usada para descrever o destino futuro dos ímpios. À luz
dos usos que já observamos, nós certamente não esperaríamos que a palavra viesse
a significar aniquilação nestes casos. Se fosse para ter esse significado
quando aplicada ao estado futuro do homem, aliás, seria o caso de apollumi ter sido submetida de repente a
uma mudança de significação. Agora, considere em tese tal mudança de sentido
sendo possível. Se assim fosse, porém, deveria haver uma clara indicação nas
passagens relevantes de que o significado da palavra tinha sido então alterado.
Se fosse assim, além disso, as descrições a respeito do destino final dos
ímpios nos quais a palavra apollumi não
é usada deveriam inequivocamente apoiar a ideia de aniquilação.
O significado da Gehenna. Vamos agora examinar algumas das tais
descrições. Olhemos, primeiramente, para uma palavra que ocorre doze vezes no
Novo Testamento e que costuma ser traduzida como inferno, a palavra grega ge-enna.
Os Adventistas do Sétimo Dia entendem que essa palavra se refere às chamas de
destruição que irão finalmente aniquilar os ímpios; os Testemunhas de Jeová
interpretam a palavra como um símbolo de aniquilação.6 Em Mateus
18.9, no entanto, a frase “o Gehenna (ou
inferno) de fogo” está em paralelo com a expressão “o fogo eterno” (to pur to aioonion) no versículo 8.
Então, o fogo do inferno não é algo temporário, antes, é eterno e sem fim.7
Se o fogo do inferno é eterno, nós devemos concluir que o castigo, do qual o
fogo é símbolo, também será eterno. Para que serviria o detalhe de manter-se o
fogo do Gehenna queimando mesmo após já ter sido o último indivíduo por ele
aniquilado?
Note
ainda que em Marcos 9.43, a palavra ge-enna ocorre em construção paralela com a
expressão “o fogo que nunca se apaga” (to
pur to asbeston). Se o fogo do Gehenna é inextinguível, como não será um
fogo eterno? Observe também que em Marcos 9.48 a descrição do Gehenna é a
citação das palavras de Isaías 66.24 “onde o seu verme não morre e o fogo não
se apaga”. Estas expressões indicam claramente que não há fim à punição do Gehenna.
As Testemunhas de Jeová respondem que aqui é dito que o que não morre “são os
vermes e não o homem”.8 Entretanto, o que Jesus diz aqui é “o seu verme não morre.” Uma vez que verme se encontra ali referido em
relação à punição sofrida pelos homens ímpios, somos compelidos a concluir que
o símbolo do verme imortal é simplesmente uma figura da punição infindável.9
É
feita muita coisa da natureza figurativa das descrições do castigo dos ímpios
encontradas no Novo Testamento, tanto por Adventistas do Sétimo Dia como por
Testemunhas de Jeová. Para ficar claro, descrições assim são alegóricas e
simbólicas, todavia, figuras são destinadas a transmitir significado. Embora
não possamos aplicar cada detalhe destas figuras literalmente, nós devemos
aceitar o ensinamento que eles pretendem transmitir, ou seja, que a penalidade
dos ímpios será eterna. As descrições bíblicas do Gehenna, portanto, descartam
o aniquilacionismo, porque criaturas que foram aniquiladas não podem ser
infinitamente castigadas.
A Fumaça do seu Tormento. Voltemo-nos agora para outra passagem
que descreve o estado final dos ímpios – Apocalipse 14.11: “E a fumaça do seu
tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os
que adoram a besta e sua imagem, e quem receber o sinal do seu nome”.
Estas
palavras obviamente referem-se ao castigo dos perdidos.10 A fumaça
do tormento desses perdidos, conforme consta, sobe por toda a eternidade.
Embora não devamos pensar literalmente em fumaça aqui, a expressão fica sem
sentido se é que não pretende descrever, de forma expressiva, o castigo que
nunca vai ter fim. Nós lemos assim, no grego, as palavras “para todo o sempre”:
eis aioonas aioonoon (literalmente,
pelos séculos dos séculos). Em Apocalipse 4.9 Deus é descrito como aquele que
vive “para todo o sempre” (eis tous
aioonas toon aioonoon). Fora o uso adicional dos artigos definidos, esta é
a mesma expressão que é utilizada em Ap 14.11 para a ascendente fumaça do
tormento dos perdidos. A partir da comparação entre essas duas passagens,
aprendemos que o tormento dos perdidos é tão infinito quanto o próprio Deus!
Além disso, a palavra para tormento, basanismos,
de maneira alguma refere-se a um estado eterno de inconsciência ou
não-existência. Se estes perdidos foram reduzidos a não-existência, como poderia
a fumaça do seu tormento subir infindavelmente?11
Observe,
ademais, que nos é dito em Apocalipse 14.11 que os indivíduos aqui descritos
não têm descanso nem de dia nem de noite. Isso não pode ser a descrição de uma
aniquilação, pois aniquilação significaria alguma espécie de descanso. O
destino desses perdidos é contrastado com o destino dos salvos no versículo 13:
“Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o
Espírito, para que descansem dos seus trabalhos...” Os salvos, portanto, vão
ter descanso depois de morrerem, ao passo que os perdidos não terão descanso
quer de dia quer de noite. Como é possível esta última condição descrever um
estado de inconsciência ou inexistência?
Voltemos
agora à questão do significado da palavra apollumi,
quando aplicada no Novo Testamento para o destino futuro dos ímpios. À luz do
uso desta palavra quando não tem a ver com o destino final dos homens, em
passagens como Apocalipse 14.11, quando o estado futuro dos ímpios é descrito
como de tormento sem fim, e à luz das descrições bíblicas do Gehenna, nós somos
compelidos a concluir que apollumi,
quando usada em relação ao destino final dos ímpios, não tem como significar
aniquilação. Devemos, portanto, não nos deixarmos ser conduzidos a desencaminharmo-nos
pela forma que nos soam termos como destruir
ou perecer, quando eles são usados nas
traduções, como se provassem que os ímpios serão aniquilados.12 Apollumi, quando usado para indicar o
destino final dos ímpios, significa perdição eterna, uma perdição que consiste
em perder para sempre a comunhão com Deus, o que é ao mesmo tempo um estado de infinito
tormento ou dor.
Este
entendimento de apollumi, o qual está
plenamente de acordo com o ensino de passagens como Marcos 9.48 e Apocalipse
14.11, de maneira nenhuma contraria os anteriores usos tratados sobre essa
palavra, antes os complementa. Por exemplo, alguém pode dizer que “perecer”, no
sentido da perdição eterna, significa tornar-se inútil (significado 2),
experimentar a morte eterna em distinção à vida eterna (significado 3; compare
com a expressão “a segunda morte”, de Ap 20.6), e manter-se permanentemente
perdido como o Filho Pródigo esteve perdido por um tempo, isto é,
permanentemente fora da comunhão com Deus (significado 1).
O termo olethros.
Outra palavra ocasionalmente usada no Novo Testamento para descrever a pena dos
ímpios é a palavra olethros. Apesar
de os Adventistas do Sétimo Dia não citarem o termo grego, eles referenciam
2Tessalonicenses 1.9 onde olethron
aioonion é traduzido como “destruição eterna” para provar a doutrina da aniquilação
dos ímpios.13 Os Testemunhas de Jeová em 1Tessalonicenses 5.3, onde
a expressão aiphnidios olethros é
transvertida como “repentina destruição” na Tradução do Novo Mundo, acham que
ali há uma descrição da aniquilação súbita, que alcançará todos os não-Testemunhas
de Jeová por ocasião da Batalha do Armagedom.14
Pode
ser prontamente mostrado, entretanto, que olethros
nunca pode significar aniquilação quando a referência for ao destino final dos
ímpios. Quatro vezes esta palavra é usada no Novo Testamento Grego. Uma intrigante
aparição dela é encontrada em 1Coríntios 5.5, em que Paulo diz à igreja de
Corinto: “seja entregue [o fornicador que estava entre eles] a Satanás para a
destruição (olethros) da carne, a fim
de que o espírito venha a ser salvo no dia do Senhor Jesus.” Embora autores de
comentários bíblicos estejam divididos quanto ao significado da palavra olethros conforme usada nesta passagem,15
o que está claro é que uma descrição do destino final dos ímpios não encontra
lugar aqui, uma vez que é expressada a esperança de que aquele homem ainda possa
ser salvo. Em 1Tessalonicenses 5.3 a palavra olethros é usada para descrever o que acontece com os ímpios no
“dia do Senhor”: “Quando disserem: paz e segurança, então lhes sobrevirá
repentina destruição (olethros), como
as dores de parto àquela que está grávida...” Se a repentina olethros aqui significasse aniquilação
total, seria impossível para estes indivíduos comparecerem perante o tribunal
de Cristo. Mas a Escritura ensina patentemente que todos os homens, bons e
maus, vão comparecer perante aquele tribunal (2Co 5.10).16 O termo olethros, como usado aqui, deve,
portanto, significar súbita ruína, súbita “perda de tudo o que confere
significância a esta existência.”17
Há
duas passagens em que olethros é
usada para descrever o estado final dos ímpios. Uma delas é 1Timóteo 6.9, onde
nós lemos: “Mas os que desejam ficar ricos caem em tentação e em laço e em
muitas concupiscências insensatas e nocivas que submergem os homens na ruína
(olethros) e perdição.” (apooleian, o
substantivo derivado de apollumi).
Desde que, como vimos acima, apooleia
e apollumi não podem significar
aniquilação, é óbvio que olethros, que
aqui é usado em composição atributiva com apooleia,
também não pode significar aniquilação. E nem sequer pode olethros significar aniquilação em 2Tessalonicenses 1.9: “os quais
[aqueles que não reconheceram a Deus e nem obedeceram ao evangelho de Jesus]
sofrerão, como castigo (dikeen), a
perdição eterna (olethron aioonion), banidos da face do Senhor e
da glória do seu poder.” O termo aqui traduzido como castigo, dikeen, não pode significar aniquilação.
Ele é usado em Judas 7, a rigor, para descrever o castigo eterno dos habitantes
de Sodoma e Gomorra: “sofrendo a pena (dikeen)
do fogo eterno.” Portanto, não há como olethros
significar aniquilação, uma vez que ele se encontra em composição atributiva com
relação a dikeen. Além do mais, como
poderia existir uma infindável aniquilação? Aniquilação, por definição, deve
ter lugar em um instante; que sentido faz falar em uma “aniquilação que nunca
acaba”?18 A condenação dos ímpios, como descrita aqui, significa uma
ruína eterna, um castigo que não terá fim.
O termo kolasis. A
terceira palavra usada no Novo Testamento para descrever o estado final dos
ímpios é kolasis. Esta palavra é
usada em Mateus 25.46: “E estes [os da esquerda] irão para o castigo eterno (aioonion Kolasin), mas os justos para a vida eterna (zooeen aioonion).”
Esta
passagem ocorre no final da seção em que Jesus descreve o julgamento das
ovelhas e dos bodes. Os Testemunhas de Jeová traduzem a primeira parte deste
versículo da seguinte forma: “E estes partirão para o decepamento eterno”
(TNM). Por meio desta tradução, eles dão a impressão de que kolasis significa aniquilação. Apesar de
que, conforme indica a nota de rodapé na página 112 da sua edição de 1951 da
Tradução do Novo Mundo das Escrituras Cristãs Gregas, seja verdade que o
radical kolazoo originalmente significasse
podadura, não há justificação para a tradução acima. A palavra kolasis é traduzida como “castigo” por
Thayer, Arndt-Gingrich e Moulton-Milligan. Josefo, que viveu de 37 a 100 d.C.,
indica que os fariseus de sua época acreditavam na punição eterna dos ímpios;19
se Jesus tivesse sentido a necessidade de corrigi-los (como Ele corrigiu os
saduceus sobre a questão da ressurreição do corpo), ele deveria certamente ter
feito isso.
As
pessoas dos dias Jesus, contudo, entendiam o termo kolasis não no sentido de aniquilação, mas de punição. Em
1Clemente, escrito em 96 ou 97 d.C., na seção 11, ocorre a seguinte expressão:
“...Ele não abandona aqueles que colocam a sua esperança nele, porém destina ao
castigo (kolasis) e tormento (aikismon) os que à parte se desviam.”20
Tivesse o escritor entendido a palavra kolasis
como significando aniquilação, como poderia tê-la colocado antes de aikismon, aqui? Com certeza não se pode
torturar alguém que acabou de ter sido aniquilado! Moulton e Milligan citam um fragmento
de um evangelho não-canônico escrito durante os primeiros séculos da era cristã
no qual a palavra kolasis é usada em
composição atributiva com basanos,
significando “tormento”. O recorte dessa passagem diz: “para aqueles que, entre
os homens, são malfeitores... punição (kolasin)
os aguarda, e muito tormento (polleen
basanon)”. Se a ideia era que kolasis
significasse aniquilação, seria de se esperar que o escritor usasse primeiro basanos e depois kolasis, pela razão já acima mencionada.21 Está claro,
portanto, além de qualquer dúvida, que no momento que o Novo Testamento foi
escrito kolasis significava punição e
não aniquilação.22
Podemos
observar ainda que a única outra passagem do Novo Testamento onde kolasis ocorre, em 1João 4.18, a Tradução do Novo Mundo verte a palavra
da seguinte forma: “o medo exerce uma restrição” (kolasin echei). Para ser
coerente, os Testemunhas de Jeová deveriam ter traduzido: “o medo tem
decepamento” (que, claro, não faz sentido). Certamente restrição não é
aniquilação. Podemos checar ainda mais a fundo o significado de kolasis observando os dois outros casos
em que é usado no Novo Testamento o verbo kolazoo,
a partir do qual kolasis se deriva:
Atos 4.21 e 2Pedro 2.9. Na primeira passagem, até mesmo a Tradução do Novo Mundo traz: “não acharam nenhuma base para os
punir (kolasoontai).” Na última
passagem, apresentada acima, uma melhor versação poderia ser: “O Senhor sabe
como... guardar os injustos sendo já castigados (ou sob punição, ASV - American
Standard Version; o grego traz kolazomenous)...
até o dia do juízo.”
Uma
vez que o verbo kolazoo é usado em
ambos os casos no sentido de punir, e
visto que em 1João 4.18, na TNM (Tradução do Novo Mundo), kolasis significa restrição, punição (na ASV - American Standard
Version), ou tormento (na KJV - King James Version), é claro que kolasis em Mateus 25.46 não pode,
independente da elasticidade imaginativa, significar aniquilação, antes é imperativo
que signifique punição. Punição esta descrita ali como perpétua ou eterna.
O termo aioonios.
Isso nos conduz a considerar o significado da palavra aioonios, comumente vertida como perenal ou eternal nas
nossas traduções. Nós já vimos que esta palavra é referida ao próprio Deus, em
Apocalipse 4.9, onde é dito que Deus vive eis
tous aioonas toon aioonoon (literalmente, pelos séculos dos séculos). Em
Romanos 16.26, Paulo fala sobre o mandamento tou aiooniou Theou, do Deus eterno. Sem dúvida, nenhum
aniquilacionista desejaria negar que Deus é sem fim!
Quando
a palavra aioonios é usada para descrever
o tempo futuro, aliás, ela denota tempo sem fim.23 A palavra é,
portanto, muitas vezes usada no Novo Testamento para descrever o interminável
futuro bendito do povo de Deus. Nós a encontramos, assim, no texto de Mateus
25.46, citado acima. Nós também a achamos também em João 10.28: “E eu lhes dou
a vida eterna (zooeen aioonion), e nunca hão de perecer, e
ninguém as arrebatará da minha mão.” Por outro lado, encontramos aioonios usado para descrever a glória
eterna que aguarda os crentes em 2Timóteo 2.10, o peso eterno de glória em
2Coríntios 4.17, uma herança eterna em Hebreus 9.15, e um edifício celeste
eterno em 2Coríntios 5.1. Em 2Coríntios 4.18, de fato, a palavra aioonios é usada para modificar “as
coisas que se não veem”, em contraste com “as coisas que são visíveis”, chamadas
de temporais (proskaira, que duram
apenas algum tempo). Nenhum aniquilacionista, com toda certeza, cuidaria de
negar que o futuro bem-aventurado do povo de Deus não terá fim. Nem Adventistas
do Sétimo Dia nem Testemunhas de Jeová negam, de fato, que a futura glória dos
santos, descrita nas Escrituras como aioonios,
é infindável.
Se,
no entanto, a palavra aioonios
significa “sem fim” quando aplicada ao bem-aventurado futuro dos crentes, o que
deve seguir (a menos que seja dada clara evidência para o contrário) é que a
mesma palavra também signifique “sem fim”, quando usada para descrever a
punição futura dos perdidos. Aioonios
é tanto usada em Mateus 25.46 quanto em 2Tessalonicenses 1.9. Uma vez que a
palavra kolasis, utilizada na
primeira passagem, e a palavra olethros,
usada na seguinte não significam aniquilação, senão punição, como tem sido
demonstrado, segue-se que o castigo que os ímpios sofrerão após esta vida será
tão infinito quanto o futuro gozo do povo de Deus.
Adventistas
do Sétimo Dia reconhecem que a palavra kolasis
em Mateus 25.46 significa “punição”. Uma vez que eles também admitem que aioonios, usado no mesmo verso,
significa “sem fim”, parece seguir-se que eles deveriam aceitar a doutrina da
punição eterna dos perdidos. Porém, eles encontraram uma maneira de sair-se
dessa. Referindo-se a expressões como “redenção eterna” (Hb 9.12) e “juízo
eterno” (Hb 6.2), eles afirmam: “Na expressão ‘castigo eterno’, assim como em
‘redenção eterna’ e ‘juízo eterno’, a Bíblia se refere a toda eternidade – não
como de processo, mas como de resultado. Não é um processo interminável de
punição, mas uma punição cabal, a qual será definitiva e para sempre (aioonios)”24
A
título de refutação, deve-se dizer que, na expressão paralela vida eterna (zooeen aioonion), a palavra aioonios
é usada como representação de uma vida que não é apenas eterna no seu
resultado, mas eterna em sua duração ou continuação. Os Adventistas do Sétimo
Dia admitem que a vida eternal é eterna em sua duração, pois eles sustentam que
a imortalidade é concedida sobre os justos na Segunda Vinda de Cristo,25
e que Abraão e sua descendência possuirão a nova terra ao longo dos tempos
infindáveis da
eternidade.26 Se aioonios
na parte final de Mateus 25.46 significa infinito quanto à duração, que direito
os Adventistas têm de restringir a interpretação de aioonios na primeira parte do mesmo versículo para significar
apenas infinito quanto a resultado?27
Gradação de Pena. Outra consideração contrao
aniquilacionismo é o fato de que o Novo Testamento fala de gradação de castigos
para o ímpio: “E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou,
nem fez conforme a vontade dele, será castigado com muitos açoites; mas aquele
que não soube, e fez coisas dignas de açoites, será castigado com poucos açoites”
(Lucas 12.47-48).
Aqui
é claramente ensinado que nem todos os perdidos serão punidos da mesma maneira.
Se, no entanto, os ímpios são aniquilados, como pode haver graus de punição? É
possível haver graus de aniquilação?
Seria
bom desafiarmos os Testemunhas de Jeová a mostrar como a sua visão do destino
dos ímpios deixa algum espaço para a gradação na punição conforme ensinada por
Jesus na passagem acima. Os Adventistas do Sétimo Dia tentam responder a essa
objeção argumentando que haverá graus de punição anteriores à aniquilação,
alguns flagelos maiores que outros.28 A Sra. White ensinou que este
sofrimento escalonado deve ocorrer após ter descido fogo do céu para devorar o
diabo, os anjos malignos e todos os ímpios.29 É-nos dito que Satanás
sofrerá a mais longa flagelação e será, então, o último a perecer nas chamas.30
Em resposta, deve ser observado que é especificamente declarado no contexto da
passagem que descreve a descida do fogo do céu (Ap 20.9) que o diabo será
atormentado (basanistheesontai) não
apenas por um longo período de tempo, mas “dia e noite para todo o sempre” (eis tous
aioonas toon aioonoon).31
Para
concluir, seria bom tomarmos nota do comentário de I. M. Haldeman quanto às
palavras de Jesus sobre Judas, registradas em Mateus 26.24: “ai daquele por
meio de quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para esse homem se não
tivesse nascido.”
Enquanto
Russell ainda estava vivo, o Sr. Haldeman, então pastor da Primeira Igreja
Batista de Nova York, escreveu um livreto contra os “russellitas” entitulado Millennial Dawnism. As seguintes
palavras, retiradas desse livreto, são uma refutação devastadora não só dos
ensinamentos dos atuais Testemunhas de Jeová sobre a vida futura, mas também da
escatologia do Adventismo do Sétimo Dia:
Se
morte significa extinção do ser, por que a vida deveria ser pior para ele
[Judas] do que para qualquer outro ímpio traidor? Não importando quão grande
fosse a sua culpa, a morte iria encerrar tudo...
Nunca
ter sido parido significa nunca ter vindo à existência.
Se
a morte é sair de existência,32 então, nunca ter vindo a nascer está
em equivalência de condições com vir a morrer; significam a mesma coisa – a
não-existência.
Por
que, então, o Senhor disse que bom seria não ter vindo à existência? Por que
(vendo o homem nascido e não tendo necessidade de desperdiçar lamentações sobre
seu nascimento) ele não disse: “Bom vai ser para esse homem quando ele morrer,
pois quando morrer, então vai ser apenas como se nunca tivesse nascido – um não
existente”?
Se
a morte significa não existência, é isso que convinha ter ele dito.
Dizer
qualquer outra coisa – se morte significa não existência – era absolutamente
sem sentido.
Mas,
se a morte não significa o fim da existência, se a morte significa uma condição
de eternidade, se neste estado de eternidade da existência Judas está prestes a
sofrer por seu ato de traição, então é compreensível o motivo pelo qual o Filho
de Deus deveria dizer que teria sido bom para aquele homem se nunca houvesse
nascido, nunca tivesse vindo à existência.
Em
nenhuma outra base o “ai daquele homem” detém alguma força de compreensão.33
NOTAS:
1. Veja acima, p. 142. [N.T.: aqui e nas
outras citações que mencionam apenas números de páginas, o autor está se
referindo à paginação do seu próprio livro, The Four Major Cults, de
onde este “Appendix E” foi retirado]
2. Veja acima, p. 317.
3. Veja acima, pp. 320-321.
4. Veja acima, p. 321-22.
5. Veja acima, p. 324.
6. Questions
on Doutrine, p. 558; veja acima, p. 323.
7. Que aioonion
signifique infinito quando usado neste sentido será demonstrado mais à frente
neste apêndice.
8. Let
God Be True, p. 95.
9. Quando
foi perguntado ao Sr. Ulysses Glass, da equipe do Watchtower (a quem o autor
entrevistou em 6 de junho de 1962), por que as Escrituras dizem que este fogo
não se apagará, ele respondeu: “O fogo não se apaga, porque ali será sempre um
lugar de castigo”. A implicação de sua declaração era que, depois que os ímpios
tiverem sido aniquilados, o fogo do inferno será mantido aceso a fim de punir
possíveis rebeldes que ainda venham a surgir em cena. Cf. Watchtower, 15 de novembro de 1955, p. 703; e observe o que é dito
na p. 303 de This Means Everlasting Life:
“A segunda morte poderia, a qualquer tempo através da eternidade, ser infligida
a quem quer que venha a escolher o pecado. Isso sempre
permanecerá na esfera do poder de Deus.” Que esta interpretação do “fogo
inextinguível” é uma tentativa deliberada de fugir ao claro ensino bíblico é
evidente a partir das palavras de Jesus: “o verme deles não morre.” Quando esta cláusula é seguida pelas palavras “o
fogo que nunca se apaga”, fica óbvio que isto é assim porque o fogo continua a
punir a eles.
10. Como já vimos, os Adventistas do Sétimo
Dia aplicam essa passagem para aqueles que, depois de terem recebido o
esclarecimento que veio sobre a obrigação do verdadeiro Sabbath, ainda se
recusam a guardar o sétimo dia (veja acima, pp. 127-28). Os Adventistas
concordariam, no entanto, que a punição aqui descrita é a dos eternamente
perdidos.
11. Adventistas
do Sétimo Dia tentam fugir do aperto desta passagem (e de Ap 19.3 e 20.10, em
que expressões semelhantes são usadas), apontando para Is 34.10, onde num
capítulo que descreve o juízo que cairá sobre Edom a expressão “a fumaça dele
subirá para sempre (le'oolam)” é
usada. Uma vez que o fogo inextinguível e a fumaça perpétua aqui ilustrados
terminaram em destruição para Edom, e uma vez que, obviamente, o fogo que
devastou Edom não está mais queimando, então, arrazoam eles, está claro que Ap
14.11 e passagens similares são apenas maneiras vívidas de descrever a completa
aniquilação dos ímpios (Questions on
Doctrine, pp. 542-43). Em resposta, pode ser dito que Edom, no capítulo 34
de Isaías, está sendo usado como representante de todas as forças que são
hostis à igreja de Deus, e que, portanto, o juízo dEle sobre Edom é retratado em
certos termos que podem somente ser aplicados ao julgamento final de Deus sobre
todos os ímpios: “O fogo inextinguível ... e a fumaça que sobe eternamente (cf.
Ap 19.3), provam que ali está se referindo ao fim de todas as coisas” (F.
Delitzsch, Comentário sobre Isaías.
[Edinburgh: T. & T. Clark, 1881 ], II, 72; cf. p 70). Como é que os Adventistas
do Sétimo Dia explicariam o versículo 4 deste capítulo: “E todo o exército dos
céus se dissolverá, e o céu se enrolará como um pergaminho...”? Terão sido
cumpridas também estas palavras no momento da destruição de Edom?
12. Apesar de os editores da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas
Cristãs, ed. 1951, asseverarem que atribuíram apenas um único significado
para cada uma das principais palavras (p. 9), é significativo perceber que a
palavra apollumi é vertida de várias
formas em tal edição; por perder (Lc
15.4), por estragar (Mt 9.17), por perecer (Lc 21.18) e por ser destruído (Jo 3.16). Os tradutores
da Watchower [Torre de Vigia] teriam que admitir, com base no próprio Novo
Testamento deles, que o termo apollumi
é com frequência usado em formas nas quais não tem como ele significar aniquilar.
13. Questions
on Doctrine, pp. 537 e 539. Note que no parágrafo central da p. 537 quatro
referências bíblicas são citadas para provar que os ímpios serão “destruídos”.
Nenhuma indicação é dada, no entanto, sobre o fato de que a palavra traduzida
como destruído nessas passagens
representa quatro palavras diferentes nos originais: uma palavra hebraica (shamadh) e três palavras gregas (apollumi, olethros, katargeoo). É
esta doutrina responsável?
14. New
Heavens and a New Earth, pp. 292-93.
15. Alguns sustentam que se refere à vinda
de aflição sobre este homem, fisicamente, enquanto outros insistem que signifique
a eventual subjugação da natureza maligna dele. Em nenhum dos casos poderia o
termo significar aniquilação.
16. Os Adventistas do Sétimo Dia sustentam que o ímpio, embora aniquilado no momento da vinda de Cristo, deverá novamente
ser “levantado” no final do milênio. Deve ser notado, contudo, que a
"aniquilação" assim atribuída à palavra olethros é de natureza temporária. Se olethros significa apenas esse tipo de aniquilação quando aplicada
ao estado final dos ímpios, como sabermos que Deus não vai, em algum momento
novamente, trazê-los de volta à vida?
17. Moulton and Milligan, op. cit., p. 445, citando o comentário
de Milligan sobre 1Tessalonicenses. Veja também Leon Morris, The First and Second Epistles to the
Thessalonians (Eerdmans, 1959), pp. 153-54.
18. “Justamente o fato de que esta
‘destruição’ é ‘eterna’ mostra que ela não equivale à ‘aniquilação’ ou a
‘ausentar-se da existência.’ ” Citado de William Hendriksen, Exposition of I and II Thessalonians.
(Grand Rapids: Baker, 1955), p. 160. Veja também Morris, op. cit., pp. 205-206.
19. Antiquities,
XVIII, 1, 3; cf. Jewish Wars, II, 8,
14: “Eles [os fariseus] dizem... que as almas dos maus estão sujeitas ao
castigo eterno.”
20. A tradução é a de Joseph Barber
Lightfoot.
21. Op.
cit., p. 352. A citação é de Oxyrynchus
Papyri (de Grenfell e Hunt), V, 840, 6. Os editores do último volume
indicaram que, apesar de que próprio papiro foi escrito provavelmente no século
IV, o evangelho original do qual ele era parcialmente uma cópia data da segunda
metade do século II d.C. (pp. 1 e 4).
22. Normalmente considera-se que
Mateus foi escrito algo em torno de 50 e 70 d.C. Para outras referências a kolasis escritos da mesma época do Novo
Testamento, veja Joh. Schneider, “Kolasis”,
em Theologisches Woerterbuch zum Neuen Testament
(de Kittel), III, 717.
23. Arndt e Gingrich, op. cit., p. 28. Cf. Thayer, op.
cit., p. 20; e H. Sasse, “Aioonios”,
em Kittel, op. cit., I, 209.
24. Questions
on Doctrine, p. 540. Cf. p. 506, nota.
25. Fundamental
Beliefs, Art. 9.
26. Ibid.,
Art. 22.
27. Sobre este ponto, veja também Bird, op. cit., pp. 58-59.
28. Veja acima, pp. 141, 142.
29. Early
Writings (1882), p. 294; citado por Douty, op. cit., p. 140.
30. Veja acima, p. 142.
31. Ap 20.10. É bom lembrar que exatamente
a mesma expressão é usada em Ap 4.9 para descrever a eternidade de Deus. A
tentativa dos Adventistas do Sétimo Dia (nas pp. 542-43 de Questions on Doctrine) de atenuar o significado dessa expressão por
um apelo a Is 34.8-10 já foi respondida anteriormente neste apêndice. Sobre
esta questão, veja também Douty, op. cit.,
pp. 157-58.
32. Recapitulemos que, de acordo com os
ensinos atuais dos Testemunhas de Jeová, Judas não será levantado na
ressurreição (veja acima, p. 317); por conseguinte, ele saiu da existência
quando morreu. Já para os Adventistas do Sétimo Dia, Judas será levantado após
o milênio e terá de suportar um período de punição por seus pecados; depois
disso, no entanto, ele vai ser aniquilado. Portanto, independente das
diferenças de ensino entre estes dois grupos, o comentário de Haldeman é
aplicável a ambas as posições.
33. Millennial Dawnism (New York: Charles C. Cook, s.d.), pp. 29-30. Para um uso similar dessa passagem, veja
Douty, op. cit., pp. 158-59. [N.T.: o
movimento batizado de Millennial Dawn (Aurora do Milênio), junto com a
cognominação “Estudantes da Bíblia”, foi uma das primeiras formas como os
seguidores de Charles Taze Russell ficaram conhecidos, antes de eles adotarem a
alcunha “Testemunhas de Jeová”, em 1931].
Autor: Anthony Hoekema
Tradução: Lucas Lucena